Portugal fechou 2015 com o índice de confiança dos consumidores mais elevado dos últimos anos. O índice de 66 pontos representa uma subida de 7 pontos face ao início do ano e 11 pontos face ao período homólogo. Os dados são da Nielsen e revelam que Portugal aproxima-se assim da média europeia apesar de ainda não se encontrar perto da média de 81 pontos.
30% dos consumidores afirmam ter boas perspetivas em relação à sua situação financeira pessoal, valor que no final de 2014 era, apenas, de 19%. Depois de cobrir todos os gastos essenciais, 24% dos inquiridos dizem optar por despender o seu dinheiro extra em entretenimento fora de casa, percentagem que durante o mesmo período em 2013, no pico da crise, registava 13%. Estamos agora mais próximos da média europeia (26%) no que respeita a intenções de consumo.
Com uma taxa de desemprego média anual de 12,7%, esta continua a ser uma das maiores preocupações dos portugueses. Segundo a Nielsen, 84% dos inquiridos não têm boas perspetivas de emprego para os próximos 12 meses. Por seu lado, Espanha, Itália e França apresentam, também, semelhante preocupação apresentado valores muito próximos – 70%, 79%, 75% respetivamente – sendo a Grécia a mais pessimista no grupo dos países mediterrânicos com 90%.
Ainda no top 3 das preocupações dos portugueses, está o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal que regista 14%, contra 4% de média europeia, o que faz de Portugal um dos países europeus mais conscientes sobre este tema.
Já a GFK confirma a informação veiculada pela Nielsen e afirma também que as expetativas económicas e de rendimentos atingiram o valor mais alto dos últimos 20 anos. Segundo a GFK, o índice do Clima de Consumo subiu 1,9 pontos chegando aos 12,2 pontos. No último trimestre de 2015 foram várias as questões que preocuparam os consumidores e os meios de comunicação social, sendo que as conversas se centraram na crise dos refugiados, nos ataques de Paris e, sobretudo, na melhoria dos indicadores económicos em quase todos os países europeus, bem como no facto dos custos da energia ainda estarem extremamente baixos.
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