Não são muitas as marcas que se podem dar ao luxo de celebrar 325 anos de história, mas a Taylor’s pode e para assinalar a efeméride a marca juntou-se ao navegador Ricardo Diniz para recriar a primeira exportação de vinho do Porto que será embarcado em Vila Nova de Gaia com destino a Londres. A marca realizou esta semana em Lisboa uma cerimónia em que batizou a embarcação que o velejador português ira levar até Londres.
“93% do que vendemos ainda é exportação” – refere Adrian Bridge, diretor geral da Taylor’s, em declarações ao Imagens de Marca. “Na realidade o nosso mercado principal ainda é o Reino Unido” – acrescenta – “e agora com os nossos 325 anos nós decidimos fazer a simulação do nascimento do nosso negócio, em 1692 nós levávamos cascos de vinho do Porto diretamente para Inglaterra. Para celebrarmos esta data contámos com o velejador Ricardo Dinis para fazer esta viagem que era feita há 3 séculos atrás”.
Adrian Bridge: “Ele [Ricardo Dinis] é o primeiro velejador português que vai estar envolvido nesta regata, digamos, e é um desafio grande porque ele vai estar a navegar contra o vento. É um desafio de 3 semanas, sozinho, dentro de um barco. E o que nós fizemos hoje foi o batismo da embarcação, ele só parte no fim de maio. Do nosso ponto de vista esta é uma ótima maneira de celebrar os 325 anos assim como o nosso negócio aqui em Portugal, porque somos uma empresa de exportação. Portugal é um país marítimo, sempre com visão externa e a ligação entre o país e Inglaterra é uma das ligações mais fortes e mais antigas. Há poucas empresas à escala mundial que não têm a capacidade de celebrar 325 anos e nós temos a sorte de haver muita procura por este tipo de vinho”.
IM: Nas celebrações dos 325 anos nota-se que a tradição é um elemento que identifica o vosso negócio. O que fazem para continuar a inovar sem perder a tradição?
Adrian Bridge: Lançámos novos estilos do vinho do Porto, e hoje em dia vendemos o nosso vinho do porto em 102 países do mundo. Somos inovadores, ganhamos prémios pelos nossos sistemas de sustentabilidade, pelos nossos vinhos. Com 325 anos não podemos parar, a nossa intenção é continuar a inovar, investigar melhores maneiras de fazer o nosso negócio. Mas esta longevidade também se deve aos nossos profissionais que todos os dias tentam melhorar o produto e fazer o melhor vinho do porto possível, são eles que são o segredo do nosso sucesso de 3 séculos.”
IM: Como evoluiu o negócio neste último ano e quais são as vossas perspetivas para o futuro?
Adrian Bridge: Atualmente estamos muito bem posicionados no que toca à gama alta e está em crescimento. E recorde-se que atualmente o negócio do vinho do porto e do douro está em transformação, está a transitar de um negócio de volume para um negócio de valor, ou seja, no futuro venderemos menos mas com preços mais altos e com lucros para investir. Isto é bom para o Vale do Douro, é bom para as empresas e é bom par Portugal.
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