Octávio Oliveira, Presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), foi o primeiro interveniente da sessão “Como criar uma sociedade que incentive o empreendedorismo”.
Para enquadrar a audiência, Octávio Oliveira começou por explicitar o conceito de empreendedorismo. “Está associado a inovação, à reinvenção da realidade. É uma atitude crítica. É questionar permanentemente e é ter uma pré-disponibilidade para o risco.”
O Presidente do IEFP explicou que existem dois tipos diferentes de empreendedorismo: o de necessidade e o de oportunidade. O primeiro tem a ver com o facto de uma pessoa estar desempregada e tomar a decisão de optar pela via empresarial. Já o segundo está associada à inovação, ao progresso e ao risco.
Mas até que ponto uma pessoa tem características inatas que lhe permitam ser empreendedora? “É aqui que entram as políticas públicas”, referiu Octávio Oliveira. O IEFP desenvolve regularmente ações de formação e disponibiliza apoios a quem quer iniciar um negócio por conta própria.
Nesta sessão também esteve presente a marca sueca IKEA, que aproveitou para apresentar a sua política de sustentabilidade. Com o objetivo de “criar um melhor dia-a-dia para a maioria das pessoas”, a IKEA pratica esta política em todas as fases dos seus produtos.
Stefano Brown, responsável global da área de sustentabilidade da IKEA, explicou que nos últimos tempos a empresa fez grandes investimentos em energia renovável e melhorou a eficácia energética nas suas lojas, através por exemplo da instalação de LED’s, que consomem até menos 85% da energia consumida por uma lâmpada normal.
Quem também tem dado provas concretas da sua preocupação com as questões ambientais é a Siemens. “Poupámos 300 milhões de toneladas de CO2” até ao final do ano fiscal de 2011, disse o Presidente da Siemens Portugal.
Carlos de Melo Ribeiro, depois de explicar o programa de empreendedorismo implementado pela sua empresa, esclareceu a principal razão que, na sua perspetiva, está por detrás da fraca atitude empreendedora revelada pelos portugueses. “Nós somos assim como povo por que fomos educados por mães, que nos tratavam como coitadinhos. Se tivéssemos sido tratados por pais eles ter-nos-iam dito: aguenta-te e faz-te à vida!”.
Ora, como inverter esta realidade? Como conseguir criar mais empreendedores? António Lucena de Faria, fundador da Methodus, apresentou algumas sugestões. Na sua opinião, “tem de ser um assunto tratado nas escolas. Os jovens devem começar desde pequenos a perceber a importância do empreendedorismo”. Considerando que a iniciativa privada é que deve liderar novos projetos, António Lucena de Faria atribui aos media também um papel decisivo neste processo. “Devem inclusivamente de falar dos casos de insucesso”, porque muitas vezes o erro serve de aprendizagem.
Depois de finalizadas estas intervenções foi altura de responder no Green Fest à questão “Como empreender de forma sustentável?”.
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