O Metro do Cais do Sodré em Lisboa encheu-se de vestidos, saltos altos, maquilhagem e muito glamour para receber o arranque da 33ª edição do Portugal Fashion. Um tapete rolante do espaço transformou-se em passerelle para receber as colações primavera/verão 2014 de vários criadores portugueses. “Abstrart” é o tema desta edição do evento que continua na Alfândega do Porto até ao próximo sábado.
A aposta em jovens criadores nacionais é um dos pilares da estratégia do Portugal Fashion, que mais uma vez deu espaço a novos talentos, escolhidos através do concurso Bloom. Um projeto realizado em parceria pela ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários) com a ATP (Associação Têxtil e Vestuário de Portugal).
A estação de Metro do Cais do Sodré foi o sítio escolhido para os primeiros desfiles do dia. Andreia Lexim com Gonçalo Páscoa e O Simone com João Melo Costa, foram os primeiros nomes a apresentar as suas coleções. A finalizar estiveram os Storytailors, com quem o Imagens de Marca falou sobre a nova coleção, que marca os 10 anos da dupla.
A Estufa Fria, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, recebeu a segunda parte dos desfiles, onde foi apresentada a TMCollection by Teresa Martins e a nova coleção da dupla Alves/Gonçalves, que nos contou como que se inspiraram para estas criações.
O Imagens de Marca quis também saber junto destes criadores como vêm a indústria de moda nacional, atualmente. A opinião de que escasseiam apoios ao setor é unânime. Luis Sanchez, membro dos Storytailors, afirma que era necessário que existisse em Portugal “um organismo que estabelecesse protocolos e relações comerciais com outros países”. Para o seu parceiro, João Branco, é essencial que sejam criadas “leis que protejam e potenciem os projetos nacionais, de design, de confeção e criar formas de podermos trabalhar juntos, industria e criadores”. Manuel Alves acredita que deveriam ser dados mais apoios aos criadores nacionais.
O Portugal Fashion assume-se, hoje, mais que um acontecimento de moda, um sinónimo de cultura, modernismo e de aposta na promoção da imagem nacional. O percurso, iniciado em 1995, evoluiu no sentido de fomentar uma cultura de moda em Portugal, segundo afirma a organização, que tinha a motivação de alterar o paradigma de desenvolvimento de um setor estratégico como o têxtil, sustentando-o em fatores dinâmicos de competitividade.
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