Chamam-lhe a indústria dos sorrisos… e com razão. É de facto, com simpatia e hospitalidade, que se agrada a quem nos visita, deixando nesses, a vontade, de um dia regressar. E nesta performance, os portugueses têm mesmo nota muito positiva.
O World Economic Forum elegeu Portugal como o 7º melhor país do mundo na receção aos turistas. A par deste, há outros aspetos que também são importantes e dão sinais de uma boa evolução. Somos reconhecidos pela gastronomia, o Golfe, a qualidade da rede hoteleira, e um exemplo de inovação em novas tendências, por exemplo, em matéria de alojamento, com o Home Lisbon Hostel, situado na baixa lisboeta, desde 2006, lideramos com Melhor Hostel de Porte Médio do Mundo, de acordo com o HostelWorld. Estamos mais eficazes na comunicação.
É o que nos diz, João Cotrim de Figueiredo, Presidente do Turismo de Portugal, em entrevista esta semana no Imagens de Marca, na emissão especial, dedicada ao Portugal que marca no setor do turismo. Em 2013, o Saldo da Balança Turística foi de 6,1 mil milhões de euros, que significa um aumento de 8,3% face a 2012, o que revela, de acordo com a mesma fonte, o forte contributo deste setor para o equilíbrio das contas externas de Portugal.
Resultados únicos que contribuíram para que o país fosse distinguido a nível internacional e reconhecido, cada vez mais, como um destino de excelência. Neste caso, e ao que parece, os números não enganam! E até são inspiradores, não só para nós, que sentimos que o tema merecia um programa especial, como para outras economias. Como foi possível constatar, por ocasião da Bolsa de Turismo de Lisboa, no Fórum de Negócios e Investimentos Turísticos no Espaço da CPLP. Juntaram-se ali, em torno de uma mesa redonda, os ministros do turismo de países como Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste, São Tomé e Príncipe, bem como, representantes de Portugal e Angola. A verdade é, que Portugal foi um caso elogiado e destacado, como um grande exemplo do desenvolvimento social e económico que o setor pode trazer, e pela forma como poderá, não só motivar os outros estados membros da comunidade de países de língua portuguesa, como deve, participar ativamente na partilha de experiências e conhecimento, que é fundamental, entre todos. Este é, um Portugal que faz a diferença.
Nas palavras do Secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Taleb Rifai, deve-se partilhar uma visão estratégica de futuro, não só, a partilha de uma língua. É esta oportunidade que não pode ser subestimada. Como a língua, há outros aspetos que são também distintivos, e que, devem ser utilizados para colocar Portugal, no patamar dos destinos com valor. Pois, como afirma, Carlos Coelho, Presidente da Ivity Brand Corp, é importante que as muitas dormidas registadas, tragam um contributo efetivo para a melhoria de vida dos portugueses.
Neste Portugal que Marca no setor do turismo, há com certeza ainda muito a fazer, mas há também que mostrar que o caminho que se está a percorrer, tem uma direção, que existem esforços que estão a dar resultados. Vejamos o caso dos Açores: nos últimos anos, conseguiram reverter uma situação de dependência do mercado interno, para captar já, mais de 60% de turistas no exterior. A capacidade de identificar recursos naturais para transformar em produtos turísticos capazes de proporcionar experiências para diferentes segmentos, trouxe um novo posicionamento ao destino e novos fluxos de vistas. Aqui, o tamanho também não importa. Até podemos ser pequenos, mas somos singulares. E se conseguirmos extrair daí o melhor, podemos deixar uma boa imagem de marca no mundo e conquistar um rasgado sorriso para o país, numa indústria, que afinal, é muito nossa!
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