Solidariedade e Responsabilidade Corporativa são conceitos muito trabalhados pelas empresas, em especial nesta época do ano. Mas para alguns especialistas, o caminho a seguir pode ser o da criação de Valor Partilhado.
O tema é explorado pela docente da Católica Porto Business School, Raquel Campos Franco, que começa por enquadrar historicamente os conceitos de Responsabilidade Corporativa, bem como o de Valor Partilhado.
A docente refere que “a diferença entre responsabilidade corporativa e valor partilhado está sobretudo no facto de a responsabilidade corporativa resulta de pressões externas enquanto a noção de valor partilhado é algo que vem de dentro da organização, como uma vontade de não esquecer que somos uma empresa, temos de ter lucro, temos de ter negócio, mas ter já incorporado nesse próprio negócio essas preocupações sociais e ambientais de raiz”.
Raquel Campos Franco dá exemplos de empresas portuguesas e multinacionais que exploram quer a vertente de Responsabilidade Corporativa e de Valor Partilhado e acrescenta que “a mais-valia na forma de pensar em criação de valor é conseguir mobilizar mais as empresas porque estamos a falar de negócio, negócio pensado de uma forma diferente mas estamos a falar de negócio. Sobretudo num contexto como o atual onde recursos são escassos, falar de criação de valor partilhado é mais apelativo e pode ser mais mobilizador para as empresas”.
A docente remata que “fazer diferente para ter mais impacto é assumir de raiz no desenho da estratégia que os negócios podem ser pensados pra minorar impactos e, até pelo contrário, não é só minorar impactos negativos, é terem impactos positivos potenciadores do bem-estar global”.
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