Nestlé faz experiências em gravidade zero

30 de julho de 2012

Nestlé faz experiências em gravidade zero

A Nestlé associou-se à Agência Espacial Europeia (ESA) para a realização de uma série de experiências em gravidade zero que têm como principal objetivo produzir “a bolha perfeita”.

Com este projeto os cientistas do Centro de Investigação da Nestlé, na Suíça, querem encontrar uma tecnologia que permita aperfeiçoar a espuma dos seus produtos, criando melhores bolhas de ar em chocolate, café, laticínios e alimentos para animais de companhia. A estabilidade das bolhas determina a durabilidade dos produtos e é a chave para a experiência de sabor do consumidor. Assim, será possível melhorar a textura e consistência deste tipo de produtos.

Por exemplo, a estabilidade da espuma na mousse de chocolate dá a sensação de cremosidade na boca. Ou para fazer boa espuma no café, é necessário criar pequenas bolhas estáveis para o tornar mais suave e cremoso.

Antes dos voos, a bordo do avião A300 da ESA, os cientistas da Nestlé colocaram seis amostras de 5 ml de água e proteínas do leite numa máquina especial, que analisa a estrutura da espuma. Voando a uma altura máxima de 8.500 metros, o avião fez cerca de 30 parábolas (subidas e descidas repentinas) criando a sensação de leveza dentro do avião.

Cécile Gehin-Delval, cientista do Centro de Investigação da Nestlé, explica: “Estes voos têm o mesmo efeito que andar numa montanha-russa. Cada parábola dura cerca de 20 segundos e cria zero de gravidade ou leveza. Durante estes curtos períodos, nós estudamos as proteínas do leite mais de perto para ver se faz espuma e quão estáveis as bolhas estão. Queremos fazer uma bolha perfeita para encontrar o balanço certo para os diferentes produtos da nossa gama, não demasiado grandes, não demasiado pequenos”.

Especialistas da Nestlé explicam que a espuma é mais fácil de estudar sob condições de gravidade zero, uma vez que a leveza cria bolhas que se dispersam de forma uniforme em vez de flutuarem para o topo.

A Nestlé segue as atividades da Agência Espacial Europeia, neste campo, há mais de uma década, mas agora é a primeira vez que a marca conduz experiências com espuma em gravidade zero. “Pareceu-nos natural trabalhar com a Nestlé uma vez que a Agência Espacial Europeia estava já a apoiar as pesquisas em tecnologias de espuma” diz Oliver Minster, Diretor da Unidade de Ciências Físicas para o Voo Espacial Humano e Diretor de operações da ESA.

 

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Sandra Barata

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