19 de outubro de 2011

Desafios e oportunidades da imprensa


O futuro está no digital, mas a imprensa não está morta, é esta a grande conclusão do debate que reuniu na Conferência Europeia da Internacional Newsmedia Association (INMA), em Cascais, os representantes dos maiores grupos de imprensa nacional


 


Pedro Norton, vice-presidente do Grupo Impresa, afirmou mesmo que o valor da imprensa está “subavaliado”, e deu o exemplo do Caso Wikilieks que ganhou vida nos jornais. “A imprensa, principalmente a internacional, continua a marcar a agenda. Mais de 70% da investigação é feita pela imprensa”, disse o responsável, para quem o mercado tem uma ideia errada da situação dos jornais e revistas. “Há um problema de percepção. Acha-se que é uma indústria envelhecida e sem futuro”, disse.


 


O executivo da Impresa avançou, ainda, as 3 linhas de acção estratégica que o grupo segue: o grupo vê-se como um conjunto de títulos que atingem os leitores de diferentes formas; mostra aos anunciantes que se vendem soluções de comunicação que transcendem o meio papel; e está a reverter aquilo que considera uma desastrosa transição para o mundo digital, com a aposta na gratuitidade dos conteúdos.


 


“O futuro da imprensa estará sustentado se estiver numa estrutura mais abrangente”, concluiu Pedro Norton.


 


Já o dministrador da Cofina, Luís Santana, defendeu que “há margem para crescer no digital”, mas que será um crescimento lento.


 


Para este responsável “a imprensa não precisa de ser reinventada, precisa de ser reconhecida”. “É preciso um jornalismo de proximidade e os jornais fazem isso muito bem. No entanto, o papel não pode de todo competir com o digital”


 


Rolando Oliveira, vice-presidente Controlinveste, afirmou que “a imprensa não está bem e os grupos de media enfrentam problemas”, reconhecendo que o fenómeno digital, com a chegada de informação por diversos meios, contribuiu para a situação.


 


No entanto, lembrou que “a informação ainda é um bem precioso” e que a sua “base está nos conteúdos e na sua qualidade”. “As marcas de media vivem disso”, sublinhou. TS


 

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelas
Loading ... Loading ...

Comentários (0)

Escreva o seu nome e email ou faça login com o Facebook para comentar.