Um novo site corporativo é uma das novidades que assinalam o sétimo aniversário da Cunha Vaz & Associados. Uma nova ferramenta vem ainda permitir a integração de áudio e vídeo.
De entre as novidades, a agência vai disponibilizar uma área privada para jornalistas, onde vai reunir um arquivo de comunicados, galerias de imagens e outros documentos.
O Imagens de Marca foi saber de que forma a agência tem pautado estes sete anos de actividade. No ano passado a agência apresentou uma facturação de 21,7 milhões de euros.
David Seromanho, Administrador da Cunha Vaz & Associados ressalva a visão global e a vontade de crescer na comunicação corporate e financeira.
Imagens de Marca: Como se caracteriza o trabalho da Cunha Vaz ao longo destes 7 anos?
David Seromanho: Estes sete anos foram muito satisfatórios para a Cunha Vaz & Associados. Desde logo, viemos agitar o mercado da comunicação em Portugal, tornando-o mais competitivo e respeitado. A nível de clientes, dificilmente podíamos querer melhor, e é com orgulho que vemos reunido no nosso portfólio alguns dos mais importantes projectos de consultoria de comunicação em Portugal.
O reconhecimento das nossas valências conduziu a que fossemos contactados para comunicar grandes eventos como o Euro 2004, que se realizou em Portugal, as visitas do Papa Bento XVI a Angola e a Portugal e o Campeonato Africano das Nações, entre muitos outros. Fomos ainda responsáveis por organizar em Portugal conferências com grandes figuras internacionais, nomeadamente Bill Clinton, Al Gore e Tony Blair.
Entrámos em novas áreas de mercado, nomeadamente através de parcerias e tomadas de posição no capital social de outras empresas. Orgulhamo-nos de terem feito parte do grupo Cunha Vaz empresas como a BAN e a WOW, que hoje são independentes e com grande sucesso no mercado.
Podemos dizer ainda, no que diz respeito à internacionalização, que a CV&A é a consultora de comunicação que mais escritórios próprios abriu fora de Portugal.
IM: De que forma se posicionam enquanto agência de comunicação? Com que objectivos?
DS: Acima de tudo, uma consultora que disponibiliza um serviço de comunicação integrado e com uma visão global. Para isso apostámos em equipas especializadas em diversas áreas, desde o aconselhamento estratégico em comunicação à assessoria de imprensa, passando pela produção gráfica, organização de eventos, desenho de estratégias multimédia, entre outros.
IM: Qual a visão e a estratégia que tem pautado a agência no sector? Como procuram diferenciar-se no mercado?
DS: Ao longo destes sete anos, temos apostado em palavras de ordem como inovação e diferenciação. Através de um sistema constante de monitorização de tendências internacionais de comunicação, a Cunha Vaz & Associados tem conseguido implementar técnicas inovadoras de acompanhamento dos seus clientes. Através de um dinamismo que acreditamos ser uma das nossas imagens de marca, temo-nos adaptado sempre ao que é novo.
Estamos em crer que é este posicionamento que tem feito da CV&A uma empresa de referência no seu sector no mercado português, que associa valências nas áreas das relações com investidores e analistas e das relações com a imprensa, constituindo igualmente um dos principais players na consultoria de comunicação, relações públicas e public affairs. A especialização dos nossos quadros e a sua formação académica e profissional são também pontos que nos diferenciam no mercado. Por exemplo, na comunicação financeira, muitos dos consultores têm formação nas áreas da gestão e da economia, enquanto outros acumulam uma experiência profissional muito útil nas áreas do jornalismo de mercados ou de banca.
IM: Quais os diferentes sectores onde actua/áreas de negócio? Quantos clientes têm neste momento?
DS: Cerca de 75 clientes, distribuídos por diversas áreas de actividade: Banca e Seguros; Indústria/Infra-estruturas; Ambiente e Energia; Media; Telecomunicações; TI’s e Electrónica; Saúde e Indústria Farmacêutica; Assuntos sociais e ONG’s; Transportes/logística; Distribuição; Grande consumo; Desporto; Política; Turismo e Lazer e Ensino Superior.
IM: A Assessoria política marcou uma fase da vida da agência… perdeu peso? O que fez mudar?
DS: Para a Cunha Vaz & Associados, fazer marketing político não é fazer política, mas contribuir para que a mensagem chegue da melhor forma aos públicos.
A Cunha Vaz & Associados foi responsável por alguns projectos dentro e fora de Portugal, pelo que podemos destacar as autárquicas do MpD em Cabo Verde, as campanhas para Mário Soares e Carmona Rodrigues e o apoio a Luís Filipe Menezes quando o autarca de Gaia decidiu candidatar-se à liderança do PSD.
Em 2009 anunciámos que não iríamos prestar qualquer serviço de consultoria associada aos actos eleitorais que correram durante esse ano. A opção foi de rentabilidade. Não é possível estar em todo o lado e ao mesmo tempo. Tivemos de tomar opções. Quanto ao futuro, logo se verá.
IM: Quais os principais objectivos para o futuro da agência? Áreas especializadas? Novos sectores?
DS: Queremos consolidar em Portugal a carteira de negócios e o crescimento nas áreas da comunicação corporate e financeira, incluindo não só a banca, mas também o sector segurador, empresas cotadas e saúde, entre outros. Queremos acompanhar as acções pontuais ligadas ao Mundial de Futebol, uma estratégia que se cruza de forma natural com a presença da empresa no continente africano.
Vamos continuar a contar com o imprescindível apoio da Associação Comercial do Porto, convidando os CEO’s de algumas das maiores empresas portuguesas a partilharem os seus pontos de vista com uma audiência de topo do Norte do país.
Como novas apostas, referiria a comunicação digital, procurando tomar em conta os novos hábitos de consumo em matéria de tecnologias audiovisuais. O nosso novo site corporativo, adaptado para esta nova estratégia, acaba de ser colocado no ar e a aceitação que teve por parte dos nossos públicos é já um sinal de que estamos no caminho certo. Estamos neste momento dotados de uma ferramenta que é nova em Portugal – os comunicados multimédia – que permitem aos nossos clientes comunicar com os seus stakeholders através de mensagens de vídeo e áudio.
A consolidação da operação Angola é também um claro objectivo.
Queremos também consolidar a operação Moçambique, muito com base nos nossos clientes actuais, mas também com base no desporto, pois acabamos de ganhar, integrados num consórcio com uma empresa moçambicana, a organização de toda a comunicação e promoção dos jogos Africanos que decorrerão naquele país em 2011, quando simultaneamente decorrerem os jogos americanos e asiáticos de pré-qualificação para os Olímpicos de 2012.
Já no Brasil, a CV&A passará a contar com um administrador residente, que deixará os quadros da empresa em Lisboa, e assumirá funções naquele país até 2016. No último trimestre deste ano, tencionamos abrir novos escritórios no Brasil e contratar quadros locais.
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