Um Rock in Rio todas as semanas

23 de abril de 2012

Um Rock in Rio todas as semanas

Jorge Teixeira,Director Criativo da Excentric

No último fim-se-semana de Maio começa o Rock In Rio, o primeiro do calendário de Verão dos festivais de música.  Estes festivais parecem ser uma excelente oportunidade para as grandes marcas chegarem aos seus públicos: as telecom’s estão lá em força, os bancos, cervejas e refrigerantes, carros, as edp’s, as Santas Casas… Quem tem um cheque, desconta-o aqui e a verdade é que o mercado da música ao vivo já ultrapassou os valores do mercado discográfico.

Mas e se houvesse Sudoestes e Alives todas as semanas? De Norte a Sul do País? Com uma audiência fiel, transmissão televisiva, grande atenção de todos os Media, de todos os telejornais, de todas as estações de Televisão e Rádio?

Esses festivais, espectáculos ao vivo que atraem multidões, já acontecem e chamam-se futebol. O Estádio da Luz com 50 mil pessoas vale menos que um grande concerto? Se somarmos o Dragão e Alvalade… temos facilmente 150-200 mil espectadores ao vivo por mês, mais alguns milhões  (coisa pouca…) através da televisão.

As marcas (muitas vezes as mesmíssimas marcas) também já lá estão. Mas ao contrário dos Festivais de Verão onde as activações de marca têm imaginação, exploram o contexto, o gosto e a motivação das pessoas em estar ali, no futebol não há propriamente activações de marca. Elas aparecem pintadas na parede ou no rodapé de LED’s (caríssimos) dos estádios, numa lona estendida no relvado no intervalo e pouco mais. São papel de parede. Caríssimo papel de parede.

Há que tirar algum desse papel da parede e colocá-lo no Digital e no Mobile. O smartphone está a transformar-se num poderosíssimo segundo-écran para eventos desportivos. Posso aí acompanhar as estatísticas do jogo, de cada jogador, fazer pequenas apostas, contactar os meus amigos…

E quem deve trazer estas aplicações para a mão das pessoas são as marcas. Em vez de ficarem com um logotipo pintado numa parede de um estádio, ficam na mão, no bolso e, talvez, no coração dos espectadores.

A tecnologia existe, as ideias é que têm de ser relevantes, atenderem ao contexto. E a motivação das pessoas também já cá está: abra o Facebook na hora de um jogo de futebol e veja quantos amigos seus fazem questão de dizer que estão no estádio ou que estão a acompanhar via televisão. Veja como usam o Mobile em cada golo, jogada perigosa, decisão do árbitro, etc.

O melhor de tudo é que estes Festivais de Inverno ainda estão todos por fazer . E não são exclusivos de quem tem dinheiro, estão abertos para quem tenha ideias.

 

 

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