To app or not to app

21 de maio de 2012

To app or not to app

Tiago Silva Lopes, Diretor Portal Sapo

O crescimento explosivo das aplicações para telemóveis é um facto incontornável e tudo indica que a tendência de crescimento continuará durante os próximos tempos. A Apple e mais tarde o Google desenvolveram marketplaces que atraíram muitos programadores e empresas e hoje têm mais de 1 milhão de aplicações disponíveis entre si. De acordo com um estudo recente efetuado pela comScore cerca de 80% do tempo despendido pelos utilizadores de smartphones em consumo de conteúdos e serviços é feito via apps e apenas 20% através do browser do telemóvel. A importância deste fenómeno para os marketeers é por isso inquestionável mas a forma como se têm tentado tirar partido deste crescimento pode não ser a mais correta.

Com as audiências a crescerem significativamente e a oportunidade para interagir com o cliente de uma forma completamente nova parece existir aqui um espaço para encontrar novas formas de comunicar e recorrer ao inventário mobile já disponível para fazer a diferença, mas a maior parte das empresas tem seguido outro caminho, investindo no desenvolvimento das suas próprias apps.

Embora a proximidade do cliente seja fundamental e o valor acrescentado de ter uma aplicação no telemóvel seja significativo quando se tira partido de todas as potencialidades que a tecnologia presente num smartphone permite, a enorme quantidade de aplicações disponíveis nos marketplaces e a grande dificuldade em atrair atenções para as nossas apps dentro do marketplace faz com que a grande maioria das aplicações que são hoje lançadas acabem por cair no esquecimento sem conseguirem chegar a uma audiência significativa.

Para que uma estratégia de desenvolvimento de apps tenha sucesso é fundamental garantir que a proposta de valor para o cliente tem um beneficio significativo, seja pela disponibilização de um conteúdo muito procurado, pela oferta de um beneficio duradouro sobre um produto ou serviço com um parque de clientes elevado e elasticidade da procura ao preço ou pela simples disponibilização do acesso via plataforma móvel a um conteúdo ou serviço já forte no PC ou na TV.

Se não existir uma proposta de valor efetivamente diferenciadora e perante um cenário competitivo tão forte, dificilmente uma app conseguirá ser bem sucedida e hoje é feito um investimento muito significativo em apps que pouco ou nenhum retorno trazem.

Muitas vezes a presença mais eficiente é através de campanhas bem pensadas recorrendo ao inventário publicitário das aplicações que já alcançaram o sucesso em termos de audiência e é por isso fundamental que os marketeers resistam à tentação de criarem aplicações “por tudo e por nada”.

 

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