A Apple anunciou recentemente que o lançamento dos novos 6S foi o melhor de sempre, ultrapassando os 13 milhões de unidades vendidas no primeiro fim-de-semana. Em alguns dos principais serviços na internet os utilizadores móveis são já a maioria e a tendência de crescimento tem vindo a acentuar-se, em parte pelo crescimento da penetração de smartphones em países menos desenvolvidos mas também pela forma como os mais jovens privilegiam os dispositivos móveis (por exemplo cerca de 60% do tempo de consumo de TV na faixa etária entre os 16 e os 19 anos é feita no smartphone ou tablet, de acordo com o Ericsson Consumer Lab, TV and Media, 2015). O mCommerce também tem registado um crescimento acentuado representando já em muitos países mais de 20% das vendas online.

Esta alteração significativa dos padrões de utilização de conteúdos e serviços na internet com a primazia do telemóvel não passou despercebida aos principais players mundiais que têm vindo a efetuar ajustes relevantes nos seus produtos, de que é exemplo a alteração do algoritmo de pesquisa do Google em ambiente de mobilidade privilegiando sites preparados para uma boa experiência móvel, e também nas plataformas de publicidade lançando vários produtos destinados a audiências móveis, como são exemplos recentes os Lead Ads no Facebook, o campeão mundial de publicidade no telemóvel, ou as Campanhas de aplicações universais no Google.

No entanto quase tudo continua por fazer do ponto de vista das marcas que em muitos casos não acompanharam estas mudanças e por isso dão hoje aos seus utilizadores uma experiência bastante limitada, não tirando partido da enorme evolução tecnológica que aconteceu nos últimos anos, mantendo sites com experiências muito fracas em ambiente mobile, não se adaptando às tecnologias já disponíveis nem assimilando a necessidade de pensar de forma diferente a estrutura e os conteúdos para tirar o maior partido do contexto (plataforma, mobilidade, pessoal) garantindo assim uma experiência tão rica quanto possível. É sem dúvida uma grande oportunidade para quem a souber aproveitar, mas brevemente será, acima de tudo, uma ameaça para quem não conseguir evoluir.

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