“Why join the navy, if you can be a Pirate” ?

12 de abril de 2013

“Why join the navy, if you can be a Pirate” ?

António Mello, Publicitário

Esta frase de Steve Jobs, é um convite à diferença e à rebeldia e eu gosto disso.

Não pode ser mais oportuna neste mar de incertezas que marca estes tempos.

O momento é fascinante mas também algo incerto e perturbador.

Os Piratas, assaltavam, lutavam, pilhavam e matavam cruelmente.

É a verdade nua e crua.

Fizeram-no contra poderosas armadas, ricas e protectoras dos governantes da época. E muitas vezes até estávamos do lado deles, apesar das atrocidades.

Havia um certo glamour.

Não defendo as suas acções mas defendo e aprovo a capacidade de reagir perante um status quo, autoritário injusto e cobardolas.

Por isso, “O Pirata das Caraíbas” com Johny Depp é um filão e um fenómeno de bilheteira.

Os Piratas, tal como um Robin dos Bosques, que saqueava nas florestas os ricos para dar aos pobres, ou um Alves dos Reis ou aquele ladrão simpático que queremos se safe no fim do filme, acabam por gerar simpatia, no meio de tanta podridão.

Daí o facto de os aceitarmos, ou pelo menos não rejeitar claramente. No fundo, são vistos como heróis que se recusam a deambular pela vida.

E quem não gostava mesmo de o ser ? Ou no limite, de os ter na sua vida.

Um Herói é um estatuto conquistado com muita luta e muito sangue. Dá muito trabalho e é só para alguns.

No mercado é parecido.

Existe uma poderosa armada das Marcas mais valiosas do mundo. Outras nem tanto, e depois existem as que nascem e as que morrem todos os dias.

E há as corajosas. As que ousam e fazem diferente, no marasmo em que nos encontramos.

A arena está com pouca graça.

O Marketing hoje tem como prioridade sobreviver e fidelizar.

As pessoas querem benefício, satisfação e divertimento. Não querem Marcas insonsas nem Publicidade intrusa a martelo e sem nexo.

O medo e a insegurança, tal como no mar alto, estão instalados.

Na sociedade, nas empresas e nas nossas casas.

Por isso a bravura e a rebeldia ficam bem às Marcas. Atitude e confronto que contrastem com o momento, também. Marcas que tirem partido criativamente deste tempo nebuloso cinzento e tempestivo, que está aí para ficar uns anos… Não tenhamos ilusões!

Portugal é uma Grande IDEIA.

Como é possível perdermos tempo precioso a discutir Relvas e Sócrates ? A discutir castings de comentadores. A falar de autarcas, Isaltinos e Searas? Que mediocridade.

Gostava que em Portugal o Marketing e os Publicitários, optimistas por natureza, tivessem mais e melhor protagonismo como ondas de mudança nestas águas poluídas e pouco transparentes. Que remassem contra esta corrente violenta, desgovernada e muito pouco saudável.

Portanto Marcas, combatam ferozmente este mal estar nacional e animem este país.

Sejam Piratas.

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