“A vontade de mudar também é um recurso renovável”, quem o diz é Al Gore, um dos oradores mais aguardados do Web Summit, e também um dos mais aplaudidos. A mensagem é mais forte do que aparentemente possa parecer e é apenas uma das muitas que ficaram registadas na semana marcada por um dos maiores eventos que Portugal recebeu e que voltará a receber no próximo ano. Mas garante o presidente de todos os portugueses que haverá uma reunião em 2019 e 2020, à mesma hora, no mesmo lugar!
Paddy Cosgrave diz que o casamento entre o evento e a cidade é perfeito e quanto a nós é inevitável perceber a importância de continuar a ter mais Web Summit em Lisboa. Os números são impressionantes e falam por si.
Passaram pelo Altice Arena mais de 59 mil pessoas de 170 países diferentes. 35,4% dos oradores eram do sexo feminino. A iniciativa Women in Tech provou que a proporção de participantes entre mulheres e homens foi de 42% a 58%, o que não deixa de ser um dado interessante e positivo.
As histórias inspiradoras que havia para explorar nestes dias foram relatadas por 2.600 dos principais meios de comunicação de todo o mundo. Uma logística que obrigou a ter durante o evento 45 terabytes de tráfego e cabos de fibra com um comprimento que daria para subir até ao pico do Monte Everest oito vezes. No final dos 4 dias registaram-se 2,2 milhões de sessões wi-fi.
O imponente palco central foi composto por 314 tanques de água, 140k lumens de projeção e 30.000 watts de som e foi reforçado para aguentar o peso equivalente a 3 toneladas de carros.
A supermodelo Sara Sampaio, a robot Sofia, Stephen Hawking, Margrethe Vestager, Al-Gore e tantos outros trouxeram mensagens importantes que marcaram esta segunda edição do Web Summit em Lisboa, mas o que fica é sempre uma mensagem do bem, de positivismo no futuro de renovar a nossa vontade de mudar o mundo, todos os dias. Só por isso vale a pena ter Web Summit quantas mais vezes for possível.
José Manuel Costa, Presidente da GCI
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