Nesta época propicia a balanços e previsões para o ano seguinte, vou optar por abordar o futuro.
As tendências podem ser mais efémeras ou mais duradouras, ou até, não se virem a verificar. Quando analiso tendências, procuro identificar as de presença mais duradoura, pois são as que importa incorporar no pensamento estratégico da marca ou do negócio.
Assim, os últimos anos têm vindo a revelar a persistência das seguintes tendências:
- A Instabilidade e a Mudança são a Nova Normalidade
Desde o início da crise de 2009 que a mudança e instabilidade se tornaram o cenário socioeconómico habitual; isto é, a realidade muda com mais frequência que no passado, obrigando pessoas e empresas a um ajustamento constante face a essa realidade em mudança.
- A Eminência de “Uberização” dos Negócios
O impacto das tecnologias nos negócios tem provocado o que já designa por “Uberização” dos negócios. A expressão advém do impacto disruptivo que a Uber teve ao nível dos serviços de transportes urbanos, criando um novo paradigma e ameaçando de obsolescência os modelos de negócio dominantes.
De facto atualmente, todos os modelos de negócio tradicionais têm uma ameaça latente que é a sua inovação disruptiva por via das tecnologias. Para além da Uber, o conceito da “internet das coisas” e o crescimento da importância do digital no mix de comunicação, são também bons exemplos.
- Preocupação com a Segurança
A ameaça do terrorismo não aparenta ter uma resolução de curto prazo e tal vai implicar mudanças de comportamento e de preferências, já hoje muito visíveis ao nível do consumo de turismo.
Acresce ainda a preocupação com a segurança digital, pois uma parte crescente da nossa vida tem cada vez mais reflexos ou espelho na realidade digital.
- Os Negócios e as Marcas Devem ter uma Boa Causa
Há algum tempo que se vêm antevendo a necessidade de as marcas e as empresas aplicarem parte dos seus recursos ao serviço da sociedade; não só do ponto de vista estrito da satisfação de necessidades por via da oferta de produtos e serviços, mas também através do que Michael Porter designa de “valor partilhado”, isto é, uma contribuição real, genuína e efetiva para a resolução dos grandes problemas sociais, quer de âmbito local, regional, nacional ou global.
Atualmente esta tendência está, em certos mercados, a revelar-se uma condição essencial para a sobrevivência de longo prazo.
Hoje, mais que no passado, importa estar atento à mudança e incorporá-la no nosso dia-a-dia.
Um Feliz 2016
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