Resoluções de Ano Novo?

15 de janeiro de 2015

Resoluções de Ano Novo?

Miguel Caeiro, fundador The Street Brasil

Porque continuamos a acreditar em 365 novas oportunidades?

Em cada inicio de ano somos inundados de votos de próspero ano novo, ano cheio de conquistas, e partimos de alma nova para enfrentar os primeiros desafios que janeiro sempre traz.

Não sei explicar as razões psicológicas por detrás deste comportamento cíclico e algo irracional, nem tampouco procurei averiguar as origens e razões de tal fenómeno. Prefiro olhar para esta realidade de forma empírica, de observador atento de comportamentos, e, não podia deixar de o fazer, enquanto Marketeer atento a novas oportunidades para vários setores, produtos e serviços.

Genuinamente partimos a cada janeiro de alma nova e cheios de boas intenções relativas a um conjunto de objetivos que traçamos como importantes para melhorar a nossa qualidade de vida pessoal, familiar e profissional.

Apesar de seres humanos diversos, diferentes e dispersos, tendemos a ser relativamente consensuais nestes temas e é possível estatisticamente elencar as TOP 10 resolutions mais escolhidas, e entre elas as questões relacionadas com exercício físico, hábitos de fumar e beber e melhor alimentação são presença destacada.

Também metas, objetivos e novas ambições profissionais são presença assídua, turbinadas por encontros de final de ano ou de arranque de ano em que as Empresas injectam mais umas doses de motivação e DNA guerreiro.

Friamente falando sobre este tema com amigos este final de ano comentávamos se fazia sentido esta esperança e confiança renovadas pelo simples virar de uma folha do calendário.  Não consigo referir quem nasceu primeiro, se o Ovo ou a Galinha, mas acredito que nos dias de hoje existem fatores que contribuem para que efectivamente a cada 1 de Janeiro seja tangível e palpável este novo fôlego e dinamismo acrescido:

#) Os ciclos económicos da grande maioria das empresas, governos e instituições regem-se por ano civil (1Jan/31 Dez) o que origina que os seus orçamentos, objetivos e planos de execução iniciem cada ano com as suas reservas financeiras, recursos e prioridades a 100%, sendo depois eventualmente corrigidas por navegação dirigida ao longo do ano, consoante o desempenho dos mercados e resultados;

#) Grandes eventos na área de desporto, entretenimento, audiovisual e tecnologia escolhem o inicio do ano civil para anunciar grandes contratações, lançamentos, novidades e agendas, o que sempre traz a tal esperança renovada;

#) No mundo atual em que os media on e offline dominam e controlam a “agenda” da sociedade, as famosas colectâneas de best of do ano que termina e a antevisão do ano que inicia, reforça e acarinha a confiança num ano de maiores e melhores novidades, seja no plano económico, social e até político, induzindo de forma directa o “mood” geral absorvido pela sociedade.

Naturalmente que os operadores de mercado atentos exploram este períodos de estados de alma das mais diversas formas, com ofertas comerciais agressivas que tenham como meta suprir estes novos objetivos e desejos. Assistimos a uma série de publicidades, ofertas, promoções e novos serviços vocacionados para tantos votos renovados. Com a confiança estatística que eles se arrumam em previsíveis categorias e ranking.

Mais importante que qualquer explicação racional é o conforto e dose extra de energia que de facto sentimos nesta época e que nos leva a sonhar mais alto, a planear mais longe, a esforçar mais, e com toda a certeza a colher mais tarde os frutos desta inicio mais vitaminado de cada ano.

Quanto às resoluções que fazemos, creio que todos sabemos que apenas uma em dez se costuma realizar, no entanto no próximo ano voltaremos a inclui-las na nossa wish list, pois assim alimentamos o nosso ciclo de motivação regular e necessário. E no seu caso, cumpriu as resoluções que tinha feito para 2014? Quantas está a repetir para 2015?

“Tomorrow is the first blank page of a 365 page book. Write a good one. “ Brad Paisley.

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Comentários (1)

  1. Seria assim tão complicado arranjar uma imagem ilustrativa mais Portuguesa?

    por: Sérgio Torres,

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