Esta crónica está a ser escrita na cidade de Nanjing, na China, no âmbito de uma visita que estou a fazer a esta grande potência económica no contexto da ligação das Universidades às Empresas. Facto que condiciona este artigo tanto ao nível da sua extensão (mais pequeno do que o habitual) como do seu conteúdo. Vamos pois falar da China.
É usual afirmar-se que a dimensão do mercado é um fator de atratividade do mesmo. Com efeito, em geral considera-se que os mercados maiores tendem a ser mais atrativos do que os mais pequenos dado encerrarem um potencial acrescido para a realização de bons negócios.
Acontece que a enorme dimensão da China – em termos do número de consumidores bem como do número, variedade e dimensão das empresas e outras organizações – é um fator de complexidade que não deve ser desprezado, a par da distância geográfica e cultural existente face ao nosso país.
Com isto não pretendo dizer que a China não possa representar excelentes oportunidades de negócio para as empresas portuguesas. Quero é dizer que a escolha dos parceiros locais é um fator crítico de sucesso (como, aliás, em qualquer processo de internacionalização) mas com uma ênfase especial no tamanho dessas mesmas entidades potencialmente parceiras.
Dialogar com empresas demasiado grandes pode ser bem menos interessante do que desenvolver parcerias com organizações chinesas com uma dimensão mais compatível com os recursos, competências e capacidade de produção e venda da maioria das nossas empresas exportadoras.
Em suma, por razões diferentes daquelas que estiveram na base do surgimento da famosa frase nos anos 70 do século passado, a verdade é que o “small” pode continuar a ser “beautiful”.
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