Quando comecei a dar aulas de marketing – já lá vão mais de 30 anos – muito pouca gente dava importância às marcas. Quando digo “muito pouca gente” refiro-me essencialmente ao mundo académico, embora seja também verdade que no mundo dos negócios elas não tinham a relevância que hoje assumem quer enquanto ativos quer como instrumentos de gestão estratégica.
Nessa época, os grandes manuais de marketing praticamente não abordavam a gestão das marcas. Não vou aqui citar autores para não parecer sobranceria minha, mas a verdade é que a generalidade das obras de referência na área do marketing management abordava as marcas numa secção do capítulo referente ao Produto, a par, aliás, de uma outra secção dirigida às embalagens. Isto é, marcas e embalagens eram duas subáreas (equivalentes em termos de importância!) no âmbito mais lato da gestão do produto enquanto variável do marketing mix.
Como se sabe, muita coisa se alterou e hoje o branding assume um papel central no domínio do marketing e até da gestão estratégica em geral. Por uma razão simples: não são os produtos que têm marca; são as marcas que têm produtos (e serviços)!
A todos os que me leem desejo umas boas férias!
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