Utilizada por mais de 250 Milhões de pessoas no mundo inteiro, na Internet o português já é a quinta língua mais usada. Nas redes sociais (Facebook e Twitter) é a terceira.
Se imaginássemos um ativo importante, relevante e determinante no sucesso das economias, o domínio do idioma seria claramente um dos primeiros critérios.
Imaginem o que não dariam os Suecos, Dinamarqueses, ou mesmo Franceses para serem a 3ª língua mais utilizada no Facebook ?
Tendo em conta esta realidade, o que fazemos com ela? Temos orgulho? Temos um plano estratégico de alavancagem para as áreas culturais e económicas? Existe sequer um plano maquiavélico de dominar o mundo? Alguém quer ser o Presidente executivo desta empreitada? Tem alguém que esteja verdadeiramente preocupado com este tema? Será um ativo tão ou mais forte que o Turismo no futuro da economia? Estão as novas gerações conscientes desta responsabilidade e desta oportunidade? Estão os nossos artistas conscientes desta realidade?
A sensação que tenho é que nada de muito sério ou impactante está em curso, além de discussões mais ou menos insignificantes sobre a boa ou má utilização da língua, ou discussões acesas sobre o acordo ortográfico.
Ainda não consegui ter acesso a conclusões ou resumos da 2ª Conferência sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, que decorreu em Lisboa nos últimos dias de otubro. Confesso que pela agenda, demasiado complexa e teórica, as minhas expectativas são muito reduzidas que algo de relevante ou conclusivo tenha saído. Com o alto patrocínio da Presidência da República, foi uma oportunidade de ouro para uma abordagem mais pragmática e tangível, com reflexo nas empresas e nas economias dos países da CPLP, mas também naqueles países em que tantos emigrantes levaram a língua Portuguesa como património de saudade.
Na língua temos a escala (em mais de 80% graças ao Brasil) a dispersão geográfica e o alcance mundial que tantas economias gostariam de ter.
Talvez por isso a expectativa em torno de projetos de lusofonia como a desenhada fusão da PT com a Oi, a expansão da editorial Leya, o potencial de sucesso de artistas da que cantam em Português como a Mariza, o Luís Represas, o Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, entre tantos outros, mereçam a nossa especial atenção e carinho.
Coloquem-se os melhores caçadores de talentos em campo para identificar uma equipa de profissionais capazes de delinear um plano estratégico com realismo, mas com ambição e coloquem-nos a chefiar a LÍNGUA PORTUGUESA SA imediatamente.
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