O World Economic Forum analisa regularmente e o índice de competitividade global dos países. Os resultados são habitualmente divulgados por altura de conferencia de Davos, a decorrer de 21 a 24 deste mês.
O relatório deste ano apresenta excelentes resultados para Portugal, que atinge o 36º lugar, subindo 15 posições face ao relatório anterior.
Os pilares ou constructos que compõem o índice são 12: (1) instituições, (2) Infraestruturas, (3) ambiente macroeconómico, (4) saúde e educação primária, (5) educação superior e formação, (6) eficiência dos mercados, (7) eficiência do mercado de trabalho, (8) desenvolvimento dos mercados financeiros, (9) facilidades tecnológicas, (10) dimensão do mercado, (11) sofisticação dos negócios e (12) inovação.
O relatório compara Portugal com as economias ditas de “avançadas” num diagrama de estrela. Da sua análise verifica-se que os pilares onde as melhorias são mais necessárias para melhorar o índice são o ambiente macroeconómico e o desenvolvimento dos mercados financeiros.
O ambiente macroeconómico é composto por vários indicadores, sendo que os de pior performance são o saldo orçamental do governo como percentagem do PIB e o nível de poupanças.
Relativamente ao desenvolvimento dos mercados financeiros, os indicadores de pior performance são a facilidade de acesso a empréstimos e a disponibilidade de venture capital.
Apesar da boa noticia, importa atender às áreas de melhoria, ou seja à reforma do estado e sua consequente redução orçamental que induzirá por via de uma redução de impostos, o aumento da poupança. Nos mercados financeiros necessitamos de uma banca mais dinâmica e do surgimento de venture capitals.
Os índices e rakings são, como sabemos, subjetivos e devem ser analisados criticamente. Contudo penso que este índice de competitividade global pode gerar insights para que Portugal continue a melhorar.
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