Portugal não é a Grécia.
Portugal não é a Irlanda.
Não é mau sabermos quem não somos. Mas a questão é saber realmente Quem somos. Não por oposição simples e directa aos outros, mas sim por aquilo que define e caracteriza o nosso ADN enquanto Nação com 900 anos de história.

Se Portugal se vir ao espelho e formular a pergunta “Quem sou eu?”, se calhar ficará mudo tal como muitos de nós, portugueses anónimos, quando o fazemos.

Este Portugal dorido, triste e revoltado não é o meu país.
O dia-a-dia que temos vivido e sentido na pele, divulgado e promovido pelos Media, é doentio e começa a não ser sustentável.
Até parece que tristezas pagam dívidas. Era bom era. Ou não…

Já houve quem tivesse a ideia de suspender a democracia durante uns meses e eu percebo a intenção.
Eu proponho, sem qualquer hipótese de sucesso, fazer pause nesta avalanche noticiosa informativa non stop.

Um dos males de Portugal desde 74, é que paramos pouco para pensar.
Portugal não pode andar a fazer vídeos amadores para nos despromoverem nem andar a brincar às greves dos estivadores e das empresas de transportes que só ajudam a cavar a nossa sepultura. Greves suicidas e ofensivas para quem não tem um trabalho.

Tenho muito respeito pela greve, mas custa-me que em 2012 ainda seja vista como uma “forma de luta”. Existem mesas de negociação. Falem, dialoguem e façam-no a pensar no País. Porra!

Enquanto publicitário, acho que Portugal tem um nome ou Marca muito bonito e sensual e o seu formato geográfico vertical é especial.
A sua localização é um miradouro privilegiado virado para o oceano.
A sua história faz inveja a muitos países e a sua presença ou Marca está presente nos 4 cantos do mundo.
A sua paisagem de norte a sul é diversificada e criativa.
Portugal agrega, como poucos países, uma oferta sedutora irresistível e até já foi criado o movimento para trazer cá o Woody Allen a filmar em Lisboa.

Costumo dizer que sou um organizado desorganizado. Sou latino!
Mas sou também optimista e desenrascado e com vontade de fazer e criar alguma coisa. Essa coisa pode ser um novo negócio, seja ele em que área for.
E o momento menos bom não serve de desculpa, e, exemplo disso é que o popular jogo Monopólio foi inventado por um desempregado, em plena depressão nos EUA.

É por isso que vejo com muito agrado iniciativas que começam a surgir como a comunidade BESIDE com o objectivo de partilha de ideias, projectos, negócios de profissionais com valor que nesta altura procuram um novo rumo para as suas vidas.

Muita gente já percebeu que o mau clima económico é um inverno muito agreste que veio para ficar algum tempo.
E isso deve convidar à partilha e à solidariedade entre todos.
Sempre numa perspectiva WIN WIN.

Quanto mais deres mais receberás.
Na vida, sempre pratiquei o pôr-me no lugar do outro.
A Vida é uma parceria a 2 num barco à vela.
Foi aí que nasceu a palavra PartnerShip.

Temos todos a obrigação e o dever de a fazer com o nosso Portugal.
Eu estou a trabalhar para isso.
Portugal é uma Nau que já foi longe. Agora, é preciso recriar novos caminhos.
Eu quero um Portugal que seja Portugal.