10 de julho de 2016. Data memorável para Portugal e para os portugueses. Pela primeira vez na história desportiva de Portugal, fomos campeões europeus de futebol. Não se pode dizer que tenha sido uma vitória expectável ou uma vitória fácil. Tudo se alinhava exatamente no sentido oposto. “Pé ante pé”, para muitos, ao “pé-coxinho”, para outros, aos “tropeções” – mas sempre “com mérito e estratégia” -, chegamos à final. Cristiano Ronaldo – uma das principais marcas portuguesas, e depósito das esperanças de (quase) 11 milhões de portugueses -, saía lesionado e em lágrimas aos 25 minutos do início do jogo. “Velhos do Restelo” ou simplesmente “realistas”, quase todos duvidamos que pudesse ser possível. Mas a verdade é que foi. Éder, um jovem jogador em que poucos acreditavam, saía do banco e assinalava um dos momentos mais felizes de todos nós portugueses (apreciadores ou não de futebol). Aos 108 minutos de jogo, já em pleno prolongamento, Éder marca o golo capaz de tornar “possível” o “impossível”, e fazer de Portugal Campeão Europeu de Futebol. Uma lição. Para todos.
16 de agosto de 2016. Portugal continua a bater todos os recordes do Turismo. Dados do INE evidenciam os novos recordes de dormidas no primeiro semestre de 2016, com três milhões no Porto e Norte, 2,03 milhões no Centro, 5,87 milhões em Lisboa, 640,78 mil no Alentejo, 7,39 milhões no Algarve, 661,4 mil nos Açores e 3,438 milhões na Madeira. Só no mês de junho, Portugal terá recebido 1,9 milhões de turistas. Mas sobre este tema, e até ao final de 2016, ainda vai correr muita “tinta”, no que a recordes diz respeito.
04 setembro de 2016. Portugal “brilha”, uma vez mais, nos World Travel Awards (também conhecidos por “Óscares do Turismo”), conseguindo alcançar 24 prémios (mais 14 do que em 2015). Entre eles, destacam-se a TAP, que arrecada dois prémios, o de Melhor Companhia Aérea a Voar para África, e o de Melhor Companhia Aérea a Voar para a América do Sul; o Algarve, enquanto o Melhor Destino de Praia na Europa; o Choupana Hills Resort & Spa (recentemente destruído pelo incêndio no Funchal), como Melhor Boutique Resort; a Madeira, como o Melhor Destino de Ilhas; Lisboa, como o Melhor Destino de Cruzeiro; o Porto de Lisboa, como Melhor Porto de Cruzeiros; a Douro Azul, como Melhor Empresa de Cruzeiros fluviais na Europa; e o Turismo de Portugal, que ganha pelo terceiro ano consecutivo, o prémio de Melhor Organismo Oficial de Turismo Europeu.
Uma das (felizes) surpresas da noite foi a premiação do Projeto Passadiços do Paiva, em Arouca, como o Melhor Projeto de Desenvolvimento Turístico. Uma surpresa, no entanto, expectável e merecida, quer pelas suas características diferenciadoras, pelo seu enquadramento paisagístico e respeito pela natureza, pelo papel que exerce na valorização do património natural, ou pela substancial influência que tem exercido no desenvolvimento económico e social do concelho e da região.
Três datas. Três meses consecutivos. Três momentos. E são apenas “três” exemplos, numa leitura obrigatoriamente minimalista, tendenciosa e setorial dos acontecimentos que têm marcado o país nos meses recentes. Não seria, contudo, expetável e possível que, em poucos caracteres, pudesse aqui ser feita a devida referência (e a devida vénia…!) a todos os projetos “vencedores” e em que Portugal tem sido um verdadeiro campeão: na cultura, no desporto, na saúde, na ciência, no turismo, e nos mais diversos e transversais ramos de atividade.
Vamos, paulatinamente, fazendo o nosso caminho de especialização, de formação, de investigação, de esforço, de brio e dedicação, esculpindo um trajeto de reconhecida qualidade e diferenciação. Somos, cada vez mais reconhecidos por isso. Mas acima de tudo, reconhecemo-nos, enquanto povo, cada vez mais por isso. Esta começa a ser uma caraterística cada vez mais identitária, cada vez mais arreigada ao ADN do que é ser “Portugal”, do que é ser “Português”.
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