Hans Rosling, na sua conferência “Crescimento e Emprego, Uma Visão Global”, proferida no âmbito das Conferências do Estoril, demonstra de forma clara que, em termos demográficos e de riqueza per capita, o crescimento futuro estará em torno do Oceano Índico, isto é, em África e na Asia.
O estatístico e médico demonstrou que a população mundial crescerá até cerca de 2050 e que o rendimento dos países menos desenvolvidos também crescerá sensivelmente a par com o crescimento demográfico. Desmistificando a ideia de um Mundo sobre populacionado, Hans Rosling demonstrou que, por essa data, a população mundial estabilizará. Nesse equilíbrio, os maiores mercados serão África e principalmente a Ásia.
Refletindo sobre estas conclusões e pensando no desenvolvimento dos negócios e marcas portuguesas, tal não quer dizer que deixemos de pensar na nossa naturalidade Atlântica e deixemos de ter esse foco, mas antes, que cumulativamente a este, criemos um novo foco virado para África (que é cumulativamente Atlântica e Índica) e para a Ásia.
Para os gestores e marketeers, o desenvolvimento deste foco, implicará um maior conhecimento e competências ao nível dos mercados externos, não apenas numa abordagem globalizada, mas também, numa abordagem que integre as diferenças culturais (na ótica de Geert Hofsted) e que permita a presença e o desenvolvimento das marcas adotando o lema “Think Global, Act Local”. As oportunidades estão nos Mercados onde Portugal já atuou na sua época aurea.
Toda esta informação pode ser visualizada, sob várias óticas no fantástico site http://www.gapminder.org/world/ que apresenta infografias dinâmicas e de entendimento muito claro e, segundo o autor, é muito utilizado pelas grandes multinacionais para a compreensão destes fenómenos.
Muito interessante a abordagem de António Jorge sobre a perspectiva de futuro,em que se importa efetivamente“Think Global, Act Local”.
Obrigado
António Jorge