E não. Não falo do Sporting nem da Peugeut. Falo do Leão de Cannes, o prémio. A marca.
À saída de Portugal levava enroladas na bagagem uma série de ideias preconcebidas, acerca daquele que é por muitos chamado de “maior Festival de publicidade do mundo”. Sem nunca o ter visitado, via-o como uma homenagem à melhor publicidade internacional e sabia que eram premiados os melhores anúncios com o “bicharoco”.
O que eu não sabia era que a actividade do Cannes Lions se estendia muito para além da simples distinção dos melhores entre os melhores.
Não sabia que durante os sete dias em que decorre o Festival, Cannes se tornava no verdadeiro ponto de afluência para as grandes mentes da indústria. Que durante aquela semana, o espectro da indústria da comunicação estava concentrado num “Palácio” de Congressos.
Ao todo, o Cannes Lions 2008 desdobrou-se em 51 seminários, 20 workshops, 28 mil entradas a concurso (num total de dez categorias), quatro cerimónias de entrega de prémios, 881 Leões atribuídos, entre outras acções. O Festival Internacional de Publicidade é então, sem qualquer sombra de dúvida, o espelho de um sector. E não só da Publicidade, como pode erradamente ser pensado. O Cannes Lions é o festival dos Meios, da Promoção, do Marketing Directo, do Design. De toda a comunicação comercial e institucional.
Um Festival que forçosamente tem que ser assumido como marca e que, enquanto marca, alberga os valores da ideia, da criatividade e da ruptura de barreiras e convenções. Tal como disse Craig Davis, enquanto anunciava os prémios da categoria de “Film”, muitos dos trabalhos apresentados em Cannes são um “vislumbrar do futuro. Estão na linha da frente”. Os Leão de Cannes é a marca que todas as outras querem ter como associada.
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