Em qualquer processo de lançamento ou relançamento de um produto, os marketeers sonham com conseguirem envolver os líderes de opinião, peças-chave extremamente importantes na adesão de outros consumidores à marca.
A verdade é que, em muitos casos, atingir os líderes de opinião e envolvê-los não passa dos planos de marketing para a verdadeira adesão à marca.
A marca Portugal, submarca Selecção (de futebol) tem um verdadeiro líder de opinião – o seu seleccionador nacional – Scolari. Desde 2002 que o seu apelo, em linguagem simples mas profundamente emocional e envolvente, é capaz de contagiar os portugueses levando-os a assumirem sinais exteriores da sua portugalidade, como nunca se tinha visto anteriormente.
Se, em 2004, a “invasão” das bandeiras poderia ser também atribuída ao estatuto de país anfitrião, em 2008 a nova “invasão”, sobretudo nos bairros populares, é uma demonstração inequívoca da sua capacidade mobilizadora deste líder.
Um povo inteiro transfere os seus sonhos de vitória para um grupo de 23 rapazes que, a exemplo do que sucedia nos torneios da idade média, defendem a honra nacional, transferindo a contenda das “batalhas sociais e económicas” para um terreno de jogo de futebol.
E um país inteiro, sobretudo aquele que não é presença habitual nos estádios, emociona-se com esta marca Portugal – a selecção de futebol.
Sedentas de apreender algum quinhão desta emoção, as marcas comerciais lançam-se em campanhas cujo tema é o futebol. Os sponsors do Euro 2008, os sponsors da selecção e outras empresas que aproveitam a boleia ocupam os intervalos publicitários das televisões com anúncios concebidos expressamente para este momento. Em boa verdade, todas estas marcas estão a capitalizar na influência e empatia de um verdadeiro líder de opinião – Luiz Felipe Scolari.
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