15 de maio de 2008

Opiniões que Marcam

Olhando para a sociedade actual, sobretudo para o ritmo de vida frenético que caracteriza as zonas mais urbanas, facilmente se percebe que somos todos comandados por um tempo que teima em fugir, que é sempre curto, que é sempre pouco…


 


Não obstante o automatismo das nossas acções a que esta espiral de escassez de tempo nos obriga, somos conscientes que efectivamente as vinte e quatro horas que constituem o dia (aliás, as mesmas de sempre) são manifestamente insuficientes para fazermos o que mais gostamos ou simplesmente para não se fazer coisa alguma.


 


Os publicitários, agentes sociais atentos e interessados nesta realidade associam muitas vezes nas mensagens que concebem e formulam, a ideia de que este ou aquele produto oferece acima de tudo tempo, este que queremos desesperadamente comprar.


Por isso mesmo não somos indiferentes aos anúncios que nos dão tempo para a família, para cuidarmos de nós próprios ou que nos permitem fazer do tempo aquilo que mais gostamos e aquilo que queremos, como se esta dimensão fosse realmente passível de ser adquirida por intermédio de um produto, serviço ou de outra coisa qualquer.


 


De facto esta ilusão, ao contrário do que possamos pensar, não nos é facultada ou imposta pela publicidade, mas antes constitui uma exigência, um apelo ou uma vontade a que nos submetemos livremente porque de facto precisamos de acreditar que tudo isto faz sentido, ou seja, sabemos que não é o detergente mágico ou a comida instantânea que transformam e resolvem a nossa vida, mas preferimos acreditar que sim…


 


Mais uma vez as propostas publicitárias nos mostram um discurso eficaz nos seus objectivos, capaz de ir ao encontro dos consumidores, procurando vender aquilo que verdadeiramente se quer comprar.

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