6 de maio de 2008

Opiniões que Marcam

Já tínhamos partido rumo a Oeste, quando de um lado e de outro da estrada se começaram a erguer os primeiros moinhos de vento. Os antigos, velhos e geralmente desgastados, deram lugar não a gigantes quixotescos, mas a enormes infra-estruturas de captação de vento para produção de energia eléctrica. E foram as forças renováveis da natureza que nos anunciaram a entrada no concelho de Óbidos.


 


A semana já estava a meio e a chuva prometia vir para ficar registada pelo Imagens de Marca. Em dias de céu cinzento e piso molhado, a cal da vila não brilha tanto. Mas foi sobretudo um Óbidos verde que o município quis que víssemos e nos apercebêssemos de como poderia contrastar com a ausência de políticas para o Ambiente.


 


O programa “Óbidos Carbono Social” já é mais que um conjunto de medidas ecológicas. Ao passearmos um pouco pela vila, facilmente nos apercebemos de que é uma marca na etiqueta das peças de design feitas a partir de telas recicladas, ou de que tem um logótipo estampado nos oleões e nas carrinhas de recolha de lixo. Do pelouro do Ambiente vem a garantia de que mais do que o cuidado com a comunicação da marca, há um real interesse em tornar o projecto economicamente viável. Por essa razão, a realização do programa é feita em parceria com empresas do sector privado.


 


A atitude pretende fazer face aos problemas dos nossos dias mas sobretudo preparar o concelho para o futuro de quem o quiser continuar a viver e a desenvolver.


 


Os futuros habitantes de Óbidos já têm um perfil desenhado pela município, que quer ver os seus espaços habitados por “gente com projecto”. Pessoas que pertençam a uma população activa e queiram dar ao concelho o seu contributo. A contribuição para o desenvolvimento de Óbidos resultará, nos planos da câmara, de um trabalho conjunto entre as indústrias vocacionadas para a inovação e criatividade – que vão existir num parque tecnológico anunciado para 2009 – e os diversos espaços de arte que a autarquia está a criar.


 


Nasceram as “economias criativas” de Óbidos. Um conceito desenvolvido pela autarquia e que, a partir da relação entre os mundos da arte e da economia, pretende levar criadores e produtores para Oeste. Porque, conforme ouvimos à medida que os projectos nos iam sendo apresentados, “tem de se começar por algum lado”.

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