27 de julho de 2011

Opiniões que Marcam

(*) Presidente da GCI


 


Portugal não é um bom exemplo, mas há países que são loucos por listas, prémios, rankings, números. Os Estados Unidos adoram tudo o que seja estatísticas, tabelas, rankings – e os ingleses, em menor escala, também.


 


Qualquer publicação norte-americana ou britânica tem um ranking dos 10 mais qualquer coisa. Os 10 mais ricos, os 10 mais influentes, as 10 que mais facturaram. Os 50 maiores filantropos, as 20 tecnológicas, as 40 mais inovadoras, e por este caminho.


 


Esta obsessão pelas listas existe também no mercado português, ainda que em muito menor escala. Aceito que, na maioria das vezes, ela é bem-vinda. Não digo que tenha de ser uma pesquisa obsessiva, mas é importante existirem listas, quando elas são relevantes e honestas.


 


O mesmo se passa com os rankings que, essencialmente, são listas com outro nome. Já os prémios, na sua maioria, são mais subjectivos, ponderados e complexos. E por isso, pelo menos no mercado português, mais polémicos e mediatizados.


 


No último mês, três destas listas, rankings e prémios chamaram-me a atenção. A PR Week, que lidera globalmente a informação sobre a indústria das PR – e não só – elaborou a sua Power List, com os 50 profissionais que lideram a mudança de paradigma do sector.


 


A lista é liderada por Leslie Dach, EVP de corporate affairs & government Relations da Walmart (e ex-Edelman), que é elogiado pelo seu projecto Let’s Move, uma iniciativa de nutrição sustentável que contou com a colaboração da primeira-dama norte-americana, Michelle Obama. O segundo lugar da lista (que podem facilmente procurar online) foi para o presidente e CEO da Edelman, Richard Edelman.


 


Falando de Edelman, a consultora global de PR, na qual a GCI é afiliada, relançou também, este mês, o Tweetlevel, que identifica os mais influentes da Twitter, Como bónus, a consultora desenvolveu o BlogLevel, uma ferramenta que avalia os blogs mais influentes. Como todos gostamos de rankings, aqui estão duas ferramentas que nos ajudarão a perceber quem é mais relevante nestes dois locais.


 


Finalmente, os prémios. Há duas semanas, a GCI foi eleita a Agência do Ano para o jornal Meios & Publicidade. Como tive oportunidade de dizer nessa noite, dedico o prémio a todos os colaboradores da GCI, ex e actuais, e que são os responsáveis pelo sucesso dos últimos 17 anos.


 


É bom receber prémios, é sinal que estamos a trabalhar bem e a ser relevantes para todos os stakeholders, mas prefiro o efeito de contágio que estas distinções provocam, quer na nossa consultora quer no próprio mercado.


 


Na sua subjectividade, os prémios são importantes para ajudar a mudar mentalidades, promover as boas práticas e, não menos importante, criar uma dinâmica de inovação na indústria e sector que os acolhe. E eu quero que assim seja, também, neste exemplo.


 


PS: Há dias, Portugal apanhado de surpresa pela notícia da morte de Diogo Vasconcelos. O Diogo era não só um dos grandes talentos portugueses – e um visionário –, mas também um bom amigo. Era das poucas pessoas consensuais em Portugal e deixa-nos um legado inestimável no empreendedorismo social, inovação e tecnologia ligadas à inclusão social. Iremos todos sentir a sua falta.



 

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