25 de julho de 2011

Opiniões que Marcam


(*) Director de Marketing Sport Zone


 


Por razões pessoais e também profissionais tenho nos últimos meses contactado mais regularmente com cidadãos estrangeiros. Nada de diferente acontece nestas ocasiões com as habituais conversas de circunstância sobre familia, trabalho, novidades recentes, acontecimentos diversos que entendo relevantes abordar, no entanto começo a constatar que mais cedo ou mais tarde na conversa lá aparece a pergunta fatídica – “e então, como está a situação em Portugal, dificil não?”


 


Invariavelmente respondo com a certeza que eu próprio tenho e da qual estou convencido que irá acontecer – “…de facto estamos a passar um mau periodo, mas os Portugueses sabem, apesar de tudo, tirar bom partido da vida e estamos confiantes que tal como noutros momentos dificieis da nossa longa e gloriosa história, vamos ter o engenho de sair bem desta tormenta…”.


 


Creio que hoje em dia é evidente que a imagem e reputação internacional do nosso país (e da marca Portugal) estão a ser afectadas pela crise financeira e por tudo o que a rodeia; algo que, tendo sido construído ao longo de anos, se desmorona ao fim de dias, tal como a confiança entre as pessoas. Calculo que muitos dos que leêm este texto já terão também experienciado esta situação, logo há que tomar medidas para que este assunto deixe de fazer parte das conversas de circunstância.


 


Aparentemente parece que o nosso destino está traçado para um ciclo de aura negativa cavado por interesses diversos a nível internacional. As marcas dos países também são construídas em cima de reputação, de confiança, de associações positivas e estes pilares da marca Portugal estão, neste momento, a ser atacados.


Na minha opinão todos nós temos o dever de contrariar esta inércia para onde a marca do nosso país está a ser empurrada, tal como o fazemos com o nosso bom nome e reputação pessoais quando estas são atacadas.


 


Creio que está na altura de colocarmos estes recursos ao serviço do nosso país. Cada um de nós deve ser o “agente do destino” (ver ultimo filme de Matt Damon – The Adjustment Bureau) contrariando estas forças e reescrevendo o destino que alguém nos traçou, não só fazendo o seu papel de contribuição para que o país melhore a sua performance economico-financeira, mas também como dissuasores de uma imagem negativa que se vai construindo sobre o nós nas opiniões públicas internacionais.


 


Deixo portanto o meu conselho, mas também apelo, para que cada um de nós, sempre que lhe seja colocada a “pergunta fatídica” faça o seu papel e desmistifique essa ideia miserabilista a que começamos a ficar associados.


 


Temos todos que reescrever o nosso destino da nossa marca Portugal.


 

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelas
Loading ... Loading ...

Comentários (0)

Escreva o seu nome e email ou faça login com o Facebook para comentar.