15 de julho de 2011

Opiniões que Marcam


(*)  Managing Partner da Brand Finance Portugal, Espanha & Palop’s


 


 


Todos os dias somos bombardeados com notícias sobre aumentos e reduções (em particular estas últimas) dos ratings atríbuidos por Agências e que têm impacto imediato em decisões que afectam as condições de financiamento dos países e das empresas.


 


E em relação às marcas? É possível atribuir-lhes um rating ou Score? O que quer isto dizer e que impacto tem no seu valor?


 


De facto, tal e qual as agências de rating classificam e avaliam a capacidade de  países e empresas face aos seus compromissos financeiros, é possível e mesmo desejável classificar e avaliar marcas atribuindo-lhe um rating relativo ao seu índice de força de marca.


 


No caso da metodologia utilizada pela Brand Finance na avaliação financeira de marcas, um dos vectores estudados para aferir da posição relativa da marca no sector e segmento onde está presente, da sua capacidade de gerar receitas e do risco que representa é precisamente o índice de força de marca.


 


Para determinar o índice de força de marca, avaliamos três tipos de medidas:


- o património da marca (“Brand Equity”), nomeadamente a lealdade à marca, sua funcionalidade, condução e emoção que desperta,


- risco, como seja o risco de crédito da companhia, a qualidade  e implementação da identidade visual, a governação da companhia ou  a sua reputação,


- financeiras, como sejam o seu nível de receitas, as expectivas de crescimento, as margens praticadas e o nível de resultado que obtém.


 


Estes dados são analisados por referência aos sectores e mercados geográficos em que a marca actua, e definido um score de 1 a 100 (crescente) o qual é categorizado num sistema alfabético similar aos que observamos todos os dias na comunicação social e que varia entre o AAA (extremamente forte) e o DDD (extremamente fraco).


 


Este score é depois utilizado para definir o percentual de receitas associadas à marca (taxa de royalty), em que uma marca mais forte tem maior capacidade negocial e consequentemente consegue cobrar mais pela sua utilização, servindo também para apurar o risco que temos de descontar para apurar o seu valor (em que naturalmente, uma marca mais forte exige um desconto mais baixo). Ou seja, tal como acontece com os países e com as empresas.


 


Perante este modelo, fica claro a importância da classificação e categorização das marcas para percebermos a evolução e impacto no seu valor.


 

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