(*)Director de Marketing Sport Zone
O tema sobre o qual hoje escrevo não é recente pois para tal utilizei um filme publicitário já com alguns meses como suporte a este texto.
(ver aqui http://www.youtube.com/watch?v=Rvj7wDmqiAw)
O nosso país tem tradições seculares em muitas matérias e dessas sobressaem alguns “clássicos”. Dou alguns exemplos – A nossa agricultura está assente em tradicionais saberes ancestrais de povos e culturas diversas, dos celtas aos mouros, dos romanos aos monges Cistercenses; Infelizmente, para todos nós, está associada a pequenas extensões de terreno trabalhadas de forma artesanal e por isso muito aquém dos parâmetros de eficiência e de sucesso dos nossos principais parceiros europeus. Outro caso é a guitarra portuguesa, que é hoje um dos nossos ícones mais significativos, carregando em si não só um belo e elegante desenho, como também a melodia tradicional, clássica, nostálgica e de alguma forma antiga, à qual normalmente é associada o Fado.
Tradicional é também a imagem da nossa gastronomia e dos seus ingredientes. O azeite é disto expoente máximo, reconhecido com propriedades nutricionais únicas e um marco da cozinha mediterrânica na qual a nossa também se insere.
É neste contexto de imagem pré-concebida da agricultura nacional como tradicional e ultrapassada; de uma guitarra portuguesa sempre usada para acompanhar o Fado, e de um dos nossos maiores ex-libris como o azeite, que a Oliveira da Serra viu uma oportunidade de desmontar e reinventar a seu favor. A marca juntou os seus méritos de ter um dos maiores olivais do mundo para demonstrar que Portugal tem valor e um potencial agrícola para ser tão bom ou melhor que os maiores ou melhores; acrescentou o facto de termos um azeite qualidade inquestionável; e para partilhar tudo isto com o mundo utilizou para além de um tom directo e confiante, uma fantástica banda sonora da autoria do Frankie Chavez que, entre outros méritos, tem o de ter utilizado a tradicional guitarra portuguesa com um registo moderno e actual, demonstrando que existe uma “outra vida” para a guitarra para além do fado.
E assim temos, no mesmo minuto, uma forte mensagem de confiança em Portugal, uma música de um autor nacional que reinventa a nossa guitarra em cima de um dos nossos melhores e mais preciosos activos – o azeite. O resultado final é, por tudo isto, simplesmente fantástico e, por isso, à Oliveira da Serra pelo seu mérito de acreditar e investir em Portugal e ao Frankie Chavez pela música que criou, os meus sinceros parabéns.
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