Provavelmente não! Mas sabe que não pode viver sem ele, não se afasta mais de 10 metros dele e quando, por qualquer razão, se esquece dele em casa, é garantido que volta para o resgatar.
Nos últimos anos, nenhum outro objecto conquistou tanto o nosso espaço privado como o telemóvel e por isso mesmo tornou-se um veículo com enorme potencial de comunicação.
Contudo, e apesar do enorme potencial, só recentemente o mercado publicitário começou a ter interesse por este meio de comunicação. Tal como em qualquer mercado, também as leis da oferta e da procura se aplicam.
Do lado da oferta (operadores de redes móveis e produtores de equipamentos), está a ser desenvolvido um esforço contínuo para diminuir barreiras de utilização: redes móveis mais robustas que possibilitam maior velocidade de acesso aos diversos conteúdos; sites optimizados para telemóvel; equipamentos móveis mais sofisticados com browsers para acesso à internet; e flat fees que permitem navegar através do telemóvel com controlo de custos.
Do lado da procura, os hábitos de consumo de media também se alteraram: a população mais jovem consome cada vez menos os meios de comunicação tradicionais e privilegiam meios de comunicação interactivos – internet e telemóvel.
Face a estas alterações assistimos, no último ano, ao aparecimento do telemóvel como um novo meio de comunicação que, através de mobile marketing, pode e deve ser encarado como parte integrante da estratégia de comunicação. Quando falamos de mobile marketing, estamos a falar não só em SMS, mas também em banners em portais móveis e inserção de publicidade em vídeos de conteúdos relevantes para o utilizador.
Neste momento o grande desafio do mobile marketing passa por conquistar uma audiência fiel, e como todos sabemos, não é fácil nem rápido, criar novos hábitos de consumo.
É necessário que o telemóvel esteja no top of mind do cidadão comum para tarefas que vão para além de telefonar, enviar SMS ou marcar um aniversário na agenda. Para que isto aconteça, é necessário que o utilizador experimente os serviços que estão ao seu dispor e que comprove a sua utilidade. O telemóvel deve ser o sítio mais óbvio onde recorrer quando, por exemplo, está no meio da rua e precisa de saber qual a farmácia de serviço ou está à espera do metro e, como não tem nada para fazer, vai lendo o blog do seu amigo, ou simplesmente quando lhe apetece ir ao cinema e não sabe quais os filmes que estão em cartaz.
Assim, os conteúdos no telemóvel têm que ser social e temporalmente relevantes num contexto de mobilidade e podem sê-lo de duas formas: 1) o utilizador diz explicitamente o que para si é relevante através da personalização do que pretende ver no telemóvel; 2) quem disponibiliza os conteúdos, “descobre” que conteúdos são potencialmente interessantes para determinado utilizador.
Fazer esta “descoberta” passa por definir o perfil dos utilizadores, sendo que a melhor forma de o fazer é analisando comportamentos de consumo que vão desde comportamentos de compra (e.g. compra de toques e imagens para personalizar o telemóvel) até comportamentos de browsing, em ambiente mobile.
Este profiling permite também aos anunciantes direccionar a sua comunicação para o target desejado e desta forma aumentar a sua eficácia.
Pela relação de proximidade que todos temos com o telemóvel e pelo esforço que temos assistido no mercado para tornar a experiência de utilização cada vez mais enriquecedora, acredito que o mobile marketing vai desempenhar, nos próximos anos, um papel crucial na estratégia de marketing das marcas líderes de mercado.
Brevemente, num telemóvel perto de si!
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