26 de março de 2008

Opiniões que Marcam

 


Uma das formas mais eficientes – e antigas – das Marcas comunicarem é através dos seus pontos de venda. São eles o lugar de encontro privilegiado entre a Marca e seu público.


 


A busca incessante de modernidade e de diferenciação levou à progressiva explosão das “concept-stores”, lugares de vanguarda, montras de tendência que transformaram a antiga boutique de moda em espaços de “instalações” e “hapennings” das marcas.


 


Não se mostra o stock, mostram-se os valores.


 


Uma das primeiras “concept-stores” apareceu em Paris em 1997: chama-se Colette (www.colette.fr) e não pertence a nenhuma marca; pretende ser um espaço de modernidade onde cosméticos, fotografia artística, tecnologia e roupa coexistem num ambiente cosmopolita, não faltando um bar que serve águas exclusivas.


 


Este conceito – mistura de estilo, criatividade e permanente inovação – foi uma porta aberta para a criação de experiências de Marca: vejam-se os excelentes exemplos do shopping multisensorial da italiana TAD (www.taditaly.com) ou o décor minimalista e chique das lojas de Marc Jacobs.


 


Os limites do exercício atingem-se em casos como a japonesa Restir (www.restir.com) cujas lojas em Tóquio não só são espaços luxuosos aptos a receber exposições “que desenvolvam a imagem e o poder da Marca”(sic),  mas também prestam serviços de aconselhamento sobre decoração e reservam restaurantes ou festas de aniversário num ambiente sofisticado de lobby de Hotel.


 


E até uma cervejaria pode tornar-se conceptual: a Heineken inaugurou em 2005, em plenos Campos-Elíseos, a sua beer-store (veja-se em www.culturebiere.come atente-se à lounge-music do site, sempre tão comum nestes casos), com 1800 metros quadrados, um bar com 18 metros de comprimento e 300 lugares sentados. A especialidade da casa? Um gelado de cerveja.


 


Uma coisa é certa: num tempo em que o consumidor se vira cada vez mais para o conforto do comércio electrónico, as Marcas debatem-se com o objectivo estratégico de voltar a ligar os seus clientes com os seus pontos de venda.


 


E essa ligação passa pela “encenação” do consumo em verdadeiros teatros de Marca.


 


E se o público gosta, o divertimento está para durar.

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