28 de março de 2011

Opiniões que Marcam

(*) Director de Relações Institucionais, Marca e Comunicação Sonae


 


 


Escrevo este texto depois de rever o mais recente anúncio da Adidas “is all in”(ver aqui). Não posso concordar mais com a mensagem que a marca passa sobre o que hoje em dia o desporto significa para as pessoas.


 


Creio que tal como no contexto de expressão dos individuos através da massificação do uso das redes sociais para partilha de informação, colocando pressão sobre os orgãos de comunicação social clássicos, também a definição da prática de desporto saiu totalmente das convenções clássicas em que ao longo de muitos anos esteve confinada e aparece hoje com novos contornos e impactos.



 


Hoje o desporto é também rua e está na rua. Tem novas regras, tem os limites e as fronteiras que cada um quiser e definir. É vida e faz parte da vida; saiu dos clubes , saiu dos recintos, saiu do intra-muros e expande-se por todos locais das cidades na mesma proporção e velocidade que a vontade de superação individual e de expressão própria se tem vindo a sentir nas sociedades modernas.


 


Uma marca de desporto tem naturalmente que estar nas competições, na preparação para os embates, para os jogos, as corridas, as metas; também nos treino e nas técnicas, mas é claramente cada vez mais fundamental que frequentemente dê o salto para fora deste universo e acompanhe a vida das pessoas – nas derrotas, nas vitórias, no fracasso e no sucesso, na alegria e nas tristezas, no melhor tempo ou no pior deles.


 


A Adidas exprime isso nesta campanha – todos nós somos atletas, todos nós podemos ser estrelas, todos nós temos metas a ultrapassar, todos nós temos vontade de nos superar, na rua, no trabalho, no lazer, na vida.


 


Bom exemplo desta nova atitude é no número crescente de praticantes de corrida que pelas ruas do nosso país formam uma imensa minoria de anónimos heróis; de pessoas que conseguem dentro de si encontrar as forças, os métodos e as energias que as leva a estabelecer metas ambiciosas, a querer melhorar o seu desempenho e que, dia após dia, corrida após corrida vão sempre querer ir mais além.


 


São verdadeiros exemplos em que todos nós nos deveremos inspirar quando muito se fala da capacidade (ou falta dela) do nosso país em ultrapassar as dificuldades que se lhe deparam. Tal como o anúncio sugere e nos desafia, todos podemos estar lá, todos podemos ser pequenas ou grandes estrelas, ter grandes e pequenas vitórias, em grupo ou no isolamento de cada um.


 


Penso que é fundamental fazer-se esta projecção para a nossa vida e creio que claramente é um bom caminho a seguir porque afinal, tal como no anúncio “we can all be in”; I’m in…are we all in?

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