(*) Tiago Silva Lopes, Director do Portal Sapo
Quando se trata de endorsement de marcas, os consumidores valorizam acima de tudo a opinião dos seus amigos e conhecidos e num distante segundo lugar a opinião de outros consumidores, bem à frente dos formatos de publicidade. Os estudos de mercado apenas reforçam aquilo que o senso comum espelhado no velho adágio “Os clientes são os melhores embaixadores de uma marca” nos vem lembrando ao longo dos tempos.
Na internet o Google é ainda dono e senhor do mercado de pesquisa a nível mundial. Apesar de uma recente aproximação da Microsoft com o projecto Bing, o Google tem ainda uma posição invejável alicerçada numa “fórmula secreta” relativamente inalterada nos últimos anos. O Google continua a apostar no PageRank, que mede essencialmente os links directos para um determinado site, e o texto relevante para esse link, e em mais alguns algoritmos que procuram reduzir as possibilidades de falseamento de resultados. Sendo uma abordagem mecanicista, e na medida em que existem cada vez mais players na internet, a implementação de modelos que conseguem contornar a lógica do PageRank em beneficio de algumas empresas tem vindo a ser cada vez mais bem sucedida.
Apesar de já terem alguma informação sobre os utilizadores, nomeadamente através do seu browser Chrome, o Google alega que não utiliza nenhuma dessa informação para melhorar os seus resultados de pesquisa. No entanto começam a aparecer motores de busca que decidem a informação a apresentar numa pesquisa com base na informação recolhida sobre os amigos dos utilizadores. Um exemplo recente é o Blekko que utiliza a informação de Likes do Fecebook para tentar melhorar os resultados de pesquisa, indo um pouco mais longe do que o Bing nesta área. O próprio Facebook já o faz de forma indirecta ao apresentar anúncios baseados no perfil do utilizador e nas preferências dos seus amigos.
Sendo ainda fenómenos de dimensão relativamente reduzida, não deixam de ser importantes, especialmente para marketeers que procurem tráfego de maior qualidade para os seus sites. Caso este modelo seja bem sucedido, o termo “embaixador da marca”, será, para o bem e para o mal, de uma importância exponencialmente superior para uma estratégia de marketing bem sucedida.
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