(*) Professor de Marketing da Faculdade de Economia do Porto
Falando de confiança…
Sabia que a nível mundial a confiança dos cidadãos nas instituições aumentou em 2010?
Sabia que foi nas grandes economias emergentes – em particular, Brasil, Índia e China – que a confiança mais cresceu?
Sabia que em 23 países estudados, o Brasil é aquele que apresenta maiores níveis de confiança?
Sabia que em Portugal as organizações não governamentais (ONGs) são as instituições que merecem maior confiança?
Sabia que no nosso País os sectores de actividade mais confiados são os de natureza tecnológica como, por exemplo, os ligados às ciências da vida e à biotecnologia? E que o sector em que as pessoas menos confiam é o financeiro?
Sabia que os três principais factores de reputação de uma instituição portuguesa (seja empresa ou não) são a política de verdade e transparência, a responsabilidade social e o preço competitivo e justo?
Sabia que em Portugal os porta-vozes mais credíveis são os técnicos das empresas (engenheiros, cientistas…)? E que os menos credíveis são os CEOs dessas mesmas empresas bem como os representantes do Governo e dos órgãos reguladores?
Todos estes dados fazem parte do Edelman Trust Barometer, um estudo apresentado recentemente no World Economic Forum que se realizou em Davos e que foi desenvolvido e aplicado em Portugal pela GCI e pela EGP, a business school da Universidade do Porto, em colaboração com a Spirituc.
Ainda falando de confiança…
Sabia que a confiança é uma das principais variáveis económicas? Sabia que a performance económica de um país como o nosso depende fortemente do grau de confiança dos agentes económicos? Sabia que para melhorar o desempenho económico do nosso País não basta actuar ao nível dos incentivos fiscais, dos apoios às exportações ou do fomento à criação de novos empregos? Sabia que é fundamental criar um clima de confiança no seio da sociedade civil sem o qual não há recuperação possível? Pois se sabia isso tudo, deixe-me recordar-lhe ainda mais uma coisa: para criar esse clima de confiança não basta ter um bom plano – é fundamental saber vendê-lo aos agentes económicos. E, para isso, é preciso MARKETING!
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