(*) Marketeer e Docente Universitário
Sabemos de múltiplas fontes que, em períodos de contracção do rendimento das famílias, como será seguramente o ano de 2011, a racionalidade do consumo aumenta e alguns cortes são feitos na despesa.
Nas marcas em que a comercialização se efectua nos canais Horeca (hóteis, restaurantes e cafés) e no Take Home (compra para consumo em casa); como por exemplo as bebidas, vai ser necessário aumentar o foco neste último canal, porquanto as pessoas vão fazer mais refeições e convívios em casa, transferindo assim o consumo para este canal.
Uma conclusão destas poderá originar o seguinte pensamento como solução: “o que temos de fazer é investir e desenvolver actividades nas cadeias de hipermercados e supermercados e eventualmente, alargar a distribuição neste canal caso ainda existam lacunas”. Mas se iterarmos o pensamento, facilmente concluímos que toda a gente o fará e a “Guerra” será forte.
O desafio será conseguir chegar a casa dos consumidores através do retalho independente, de proximidade e da própria internet, sem descurar, obviamente, a “Guerra “das grandes cadeias.
Em conclusão, uma das chaves para vencer ou suster a crise está na gestão da variável distribuição, nos recursos que lhe vamos afectar e na criatividade das acções a desenvolver.
Ajustemos o nosso olhar à procura de oportunidades e não ao histórico das actividades que no passado desenvolvemos.
Comentários (0)