20 de janeiro de 2011

Opiniões que Marcam

(*) Partner/CEO Excentric


 


 


Janeiro. Mês em que tudo recomeça. Momento ideal para reflectir sobre o que virá aí. E no universo da comunicação de marcas, em que os tempos são extremos no que respeita a mudanças, é particularmente importante fazer esse exercício.


 


Naturalmente não é um exercício fácil de levar a cabo. Muitas vezes estamos tão envolvidos com o dia a dia que se torna difícil ver um pouco mais além. Eu tenho um dia a dia diferente da maior parte dos profissionais de gestão e que me obriga precisamente a olhar constantemente para o que vem aí. Por isso, permitam-me que partilhe convosco algumas daquelas que me parecem ser claramente tendências na comunicação em 2011. Colecção Primavera-Verão ;)


 


RETALHO INTERACTIVO
Em 2010 começámos a assistir a um aumento das experiências em loja com ecrãs tácteis e à disseminação de LCDs com mensagens dinâmicas das marcas, actualizadas em tempo real. Os resultados têm sido mais que encorajadores. Em alguns casos as vendas das marcas aumentaram 70%. Devemos pois esperar que 2011 seja agora um ano de explosão e crescimento nesta área.


 


OUTDOORS DIGITAIS E PROJECÇÕES
Sendo Portugal um país de muito sol, não tem sido fácil vingarem suportes digitais no exterior. No entanto, com a redução dos custos do equipamento bem como o aumento da sua mobilidade, é de esperar que em 2011 apareçam muitas experiências, sobretudo à noite e com projecções em edifícios.


 


MUDANÇAS NA BALANÇA DE PODERES
O social media está a trazer uma clara mudança no equilíbrio de poderes entre as empresas e os consumidores. O tão falado caso Ensitel é o mais recente exemplo disso. Mas não é único. Aqui e ali, os consumidores percebem que a união faz de facto a força e com 3 milhões de portugueses no Facebook, é de esperar que cada vez mais se comece a assistir a movimentos de união para mudar ofertas, negociar descontos, melhorar serviço, etc.


 


MODERAÇÃO NA AQUISIÇÃO
Com a crise bem presente, a evidência da escassez de recursos e a cada vez maior adopção de comportamentos ecológicos, é de esperar que aumente significativamente o mercado da venda ou aluguer de bens em segunda mão. Claramente uma ameaça para uns e uma oportunidade para outros…


 


ACTOS ALEATÓRIOS DE BONDADE
As pessoas cada vez partilham mais os vários aspectos das suas vidas. Problemas, desejos, ambições…. É de esperar que haja marcas atentas que decidam tomar as rédeas da situação e ajudar naquilo que podem. É o renascer do marketing relacional, a um nível muitíssimo mais pessoal, individual, emocional e poderoso…


 


TRANSPARÊNCIA
Cada consumidor tem hoje um megafone na mão. Por isso, basta um consumidor ver para além dos “truques” de marketing, para que todos os outros consumidores os vejam também. É pois de esperar que 2011 seja o ano de duras lições. Muitas marcas vão aprender da pior maneira que mais do que “dourar a pílula”, as empresas têm que se focar em criar produtos de excelência, e serviços irrepreensíveis.


 


A BOLHA DO TABLET
Os tablet vieram para ficar. Disso não tenho dúvidas. Mas como tudo relacionado com o digital, vamos ainda passar por uma bolha. O investimento que será feito nos próximos tempos na criação de conteúdos e aplicações para tablets ultrapassará claramente o nº de utilizadores e o tipo de utilização feita. Haverá depois a natural queda do cavalo. Seguida da subida cuidadosa mas constante do investimento, e desta vez, com alto retorno.


 


O COMEÇO DA REVOLUÇÃO DA IPTV
Não tenham dúvidas. A IPTV (meo, vodafone casa – fibra, Optimus Fibra TV, e Zon Iris) está a mudar dramaticamente a relação das pessoas com a televisão. Cada vez mais as pessoas assistem a conteúdos em diferido. Cada vez mais estão dispostas a interagir activamente com um meio que até agora promovia a ociosidade. Cada vez mais as pessoas saltam os blocos publicitários. Não tenham dúvidas, a IPTV vai obrigar a repensar o papel da televisão na comunicação das marcas. E 2011 vai ser um ano que marcará o início da mudança. Não tenham dúvidas.



 


O CONSUMIDOR CRIADOR
Há três anos atrás, uma marca promovia um passatempo que obrigava ao envio de fotografias e tinha uma dezena de participações. Hoje, a mesma marca faz um passatempo em que obriga ao envio de vídeos e recebe milhares de participações. A tecnologia ready-to-use, os equipamentos all-in-one e o cada vez maior à vontade dos mais novos com softwares de edições de imagem, som e vídeo está a transformar cada consumidor num criador. Um criador com vontade de fazer muito e partilhar muito. Sem dúvida uma fonte rica de conteúdos nos quais as marcas podem e devem capitalizar os seus esforços de comunicação.


 

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