*Consultor em Estratégia, Marketing e Vendas
Todos sabemos que a construção de uma marca se inicia com a sua criação, seguindo-se a obtenção de notoriedade e, por fim, os valores ou associações positivas quer racionais, quer emocionais. Mais difícil e raro é chegar um estágio superior de relacionamento e percepção entre o consumidor e a marca, o da Paixão.
A relação apaixonada, em quanto estágio emocionalmente muito forte entre um consumidor e uma marca não tem o mesmo grau de dificuldade execução para todos os bens e serviços. Embora seja possível um relacionamento emocional forte com uma marca de roupa, ele é muito mais difícil de obter que com um clube de futebol, uma equipa de fórmula 1 ou uma banda de música.
Sou da opinião que as marcas ligadas aos momentos de diversão e relaxamento, por um lado, e que proporcionam emoções fortes por outro, não só tem facilidade em conquistar consumidores apaixonados como tem de gerir essa paixão.
Não é por acaso que os patrocínios e outras formas de ligação de marcas cuja sua proposta de valor pouco tem de emocional, são intensivamente usados por estas, numa tentativa de associação às sensações proporcionadas pelo patrocinado.
Uma vez chegadas a este elevado nível de afectividade e fidelização, não podem as marcas deixar de gerir o complexo “mundo das emoções”.
Camões declamou bem estas relações na esfera humana com o “Amor é Fogo que Arde sem se Ver…”. Atrever-me-ia a dizer que o desafio dos marketeers de clubes de futebol, equipas de fórmula 1 ou de bandas de música, entre outros, também passa por “Manter Acesa a Chama dos seus Fans”.
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