Nos dias que correm a velocidade a que as empresas “saltam” para as novidades da internet é cada vez maior, mas a forma como o fazem não é necessariamente melhor.
A internet é hoje a ferramenta de comunicação por excelência e o meio onde a maior parte dos portugueses despende mais tempo (em muitos segmentos já superior ao tempo despendido na televisão) e por isso é natural que as marcas estejam atentas ao que se vai passando e procurem acompanhar as tendências dos seus consumidores.
É claro para todos que propriedades como o Facebook, o LinkedIn e o Twitter, entre muitas outras, estão na crista da onda, mas a maneira como as marcas procuram tirar partido destes novos meios nem sempre é a melhor. Para qualquer utilizador mais ou menos activo destas redes é fácil perceber que não basta criar um perfil com uma descrição simpática e 2 ou 3 posts para se estar presente de corpo e alma nestas redes, e infelizmente, muitas marcas ainda se ficam pela declaração de intenções, o que têm precisamente o efeito contrário do pretendido. Em muitos casos confundem-se com seres alienígenas que falam uma língua diferente e incompreensível passando a imagem de que querem parecer algo que não são.
E é precisamente aí que está a questão. Por muito interessantes que sejam, e de facto são, estes fenómenos na internet, a marca tem primeiro que fazer uma auto-análise e perceber se está no seu ADN fazer parte destas redes, e caso a resposta seja afirmativa será precisa nova análise genética, desta vez à empresa, que precisa de compreender se também partilha, na sua forma de funcionamento desse mesmo ADN. Aqui, ao contrário da primeira análise, uma resposta negativa não deverá levar ao afastamento mas sim à necessidade de uma reinvenção interna para dar corpo à marca dentro destes novos fenómenos.
As oportunidades na internet são cada vez mais e com maior impacto no bottom line da marca. A abordagem tradicional, vendo a internet como um meio complementar, tem vindo a perder força, não só pela dimensão que o meio está a atingir mas acima de tudo pelo facto de termos de encarar de forma significativamente diferente a presença na internet em comparação com outros meios, sob pena de ficarmos completamente fora do mercado.
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