10 de dezembro de 2009

Opiniões que Marcam

*director de comunicação Ydreams


 



As questões do talento e do sucesso têm sido abordadas numa série de livros recentes, como “Outliers: The Story of Success”, “Super Freakonomics” ou “Talent is Overrated”, que explicam – ou tentam explicar – porque é que aparece um Bill Gates ou um Cristiano Ronaldo entre milhares de empreendedores ou futebolistas que não se distinguem dos demais. No meio de factores como sorte, determinação e horas dedicadas a praticar, existe outra componente preponderante nessas histórias: a qualidade do feedback recebido.



Como em qualquer mensagem, essa qualidade mede-se tanto pelo conteúdo como pela forma e o modo de transmissão, daí a importância de o pensarmos em termos de comunicação.



Qualquer empresa dispõe hoje de um vasto número de ferramentas complexas para medir feedback em relação à actuação em várias áreas, da financeira ao investimento em marketing, mas muitas vezes desvaloriza essa componente no âmbito da comunicação humana. A não ser nas “revisões anuais” ou “avaliações semestrais”, quando poderá já ser tarde demais.



Dar feedback é um processo contínuo e orgânico, que deve fazer parte de todos os processos de comunicação. Aqui reside uma diferença substancial em relação à “crítica”: o feedback é parte integral de um sistema, que o ajuda a evoluir, e não é um elemento posterior que se foca apenas num objecto ou documento. A outra grande diferença é perceber que dar feedback não é dar um sermão, é sim um diálogo aberto onde se percebem razões, contextos e se faz uma análise do que correu bem ou mal. É, também, saber escolher o meio certo e pensá-lo a partir do objectivo. Uma nota manuscrita, um e-mail ou conversa terão todos objectivos e eficácias diferentes de acordo com o que se pretende.



Assim, quando implementamos processos de comunicação nas organizações, temos de pensar na integração de mecanismos de feedback, em todos os momentos do modelo. Esta dimensão, quando bem trabalhada, permite-nos pensar a comunicação ao nível em que esta é mais eficaz: na dimensão de envolvimento e motivação das pessoas, garantindo que trabalham todas no mesmo sentido e, acima de tudo, as valoriza como profissionais e como indivíduos.



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