Felizmente, não vemos o mundo a preto e branco. Há muitas cores pelo meio, e, quando nos colocam perante a chamada “crise”, conseguimos sempre encontrar soluções mais simples (ou menos complexas).

A verdade é que, quando chega, a crise ameaça e coloca sob risco um conjunto de recursos, potencialidades e oportunidades que já faziam parte do dia seguinte. E assim, não há grande coisa a fazer senão encará-la de frente: tentar conhecer-lhe os contornos, os limites, a dimensão.

Neste contexto específico, e até numa fase em que se anuncia o “início do fim” da crise, a mensagem da APAN tem sido sempre de incentivo e de reforço do trabalho que os anunciantes e agências têm desenvolvido para se protegerem e para lidarem com os obstáculos que vão surgindo ao longo do caminho. É importante não estagnar e prosseguir no encalço dos objectivos traçados. É importante conhecer as forças e as fraquezas de cada empresa e de cada um, e apostar nas melhores soluções.

Temos assistido a um cenário relativamente equilibrado, onde os investimentos não se têm destacado pela dimensão quantitativa, mas antes pela tentativa incessante de os melhorar em termos de qualidade – mais incisivos, mais direccionados, logo, mais eficazes. As estratégias de comunicação e de marketing ajustaram-se e podem, inclusivamente, trazer resultados mais benéficos às empresas.

Em última análise, numa perspectiva menos céptica, a crise pode ter efeitos positivos, e fazer com que as empresas criem para si próprias um conjunto de ferramentas de aproveitamento. Isto é, aprendem a valorizar, a investir no sítio certo e a minimizar desperdícios ou perdas desnecessárias.

Se todos sofremos com o impacto da crise, o melhor é tentarmos sempre ganhar algo com ela ou pelo menos, tentar torná-la mais vantajosa, até como veículo de aprendizagem, ainda que não seja nos parâmetros que mais desejaríamos. Apesar de não se vender tanto ou de não se investir tanto, a APAN tenta ajudar os associados a encontrarem a melhor perspectiva para um cenário que é menos favorável ao sucesso.

Este foi um dos vários temas debatidos na conferência da APAN, onde diversos especialistas europeus constituíram um contributo visível para todos, procurando desenvolver a capacidade visionária em cada um de nós.

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