Há uns anos deliciei-me com uma fantástica apresentação efectuada pelos fundadores de uma micro empresa suíça chamada “BrainStore”. O contexto era propício a tal sensação. A empresa procurava conquistar um novo cliente, um grupo multinacional onde eu na altura trabalhava, e o local escolhido – Amesterdão, proporcionava o ambiente ideal.
O conceito subjacente ao promissor sucesso da empresa baseava-se na seguinte metodologia:
1 – O cliente que se dirigia à loja “BrainStore” (era mesmo uma loja e estava sediada na Suiça) necessitava de resolver um determinado problema. Aqui começa a inovação do conceito, uma vez que o cliente podia ser uma empresa ou um particular.
2 – O cliente expunha o seu problema. Note-se que o problema poderia ser a simples necessidade de um conceito de produto inovador.
3 – A “BrainStore” formalizava o problema num formato de briefing.
3 – Ao fim de 15 minutos (tempo médio de resposta anunciado…) a “BrainStore” tinha uma solução.
Deste incrível conceito retive alguns dados muito curiosos e que merecem ser partilhados:
· A rapidez da resposta devia-se ao facto de o briefing ser enviado para uma rede de milhares de pessoas espalhadas pelo mundo e via Web.
· As melhores respostas tinham origem em jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos.
· Quase todos os problemas tinham solução. Mas nem todos os problemas eram aceites pela “BrainStore”. Recordo-me da história bizarra de uma senhora que queria encontrar uma forma eficaz de matar o marido sem ser descoberta…
· Alguns dos clientes eram grandes marcas multinacionais e … grandes agências de publicidade.
Hoje, e após alguns anos desta história ter ocorrido, assistimos a uma nova forma de geração de ideias.
Algumas marcas estão a dispensar a criatividade publicitária das agências recorrendo a um método semelhante ao da “BrainStore”.
No entanto há uma grande novidade, as ideias são geradas pelos próprios consumidores das marcas.
Não acho que este processo elimine o papel da agência, mas é certo que algo está a mudar.
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