*Docente de Publicidade na ESEP

 

Registo com agrado algumas campanhas que se vão fazendo por aqui em que o tema principal assenta na ideia da “ Portugalidade”, não tanto por uma questão de afirmação do país, mas mais por uma questão de identidade.

 

Nada contra as mega campanhas internacionais e tudo a favor da criatividade dos anúncios tipo Nike, Playstation ou Xbox ou outros afins, embora verifique que cada vez mais numa área como a publicidade e o marketing em geral, onde os recursos tecnológicos são infinitos e sofisticados, transportando-nos para universos mágicos e transcendentais de cores e sabores, sons e cheiros, paisagens, beleza e muita animação, a simplicidade da ideia ou a simplicidade da produção de um anúncio seja cada vez mais apelativa.

 

Se a uma ideia singela, aliarmos um toque nacional a uma campanha, quer pela escolha de uma música ou sonoridade, quer pela escolha dos cenários e personagens, penso que podemos conseguir um anúncio extraordinário…

 

É que as nossas crianças não são todas louras e de olhos azuis, mas são muito bonitas também, aliás, somos um país de gente bonita, simpática, hospitaleira que raramente se consegue ver assim …Por isso quando desta forma somos retratados pelos nossos criativos é natural que nos identifiquemos e que se consiga simpatia pela marca que sublinha por exemplo, a beleza das nossas praias, o sol do nosso pais, o dourado dos nossos campos, o sorriso das nossas crianças, a alegria dos nossos jovens ou até mesmo, porque verdadeiramente nos representa, a ternura dos nossos velhotes…

 

Por mim falo, gosto de fiambres extraordinários, do Sá Costa e dos outros híbridos e até dos hipermercados que de uma maneira mais ou menos conseguida, nos vão mostrando aqui e ali quem realmente somos.