Numa pesquisa recente que efectuei acerca de Marcas Globais (marcas que exportam muito, para muitos e diferentes Países e que gozam de uma elevada notoriedade global) encontrei um artigo “How Global Brands Compete” que merece a partilha das suas ideias chave e reflexão consequente.
O artigo centra-se num estudo efectuado em 12 Países com uma variabilidade de desenvolvimento económico, região, religião e passado político que permite entender os resultados, também eles, como globais.
O estudo conclui existirem três dimensões sempre associadas às marcas globais: são sinónimo de qualidade, apelam ao “mito global” e são socialmente responsáveis.
O sinónimo de qualidade deve ser entendido em sentido lato, pois engloba a boa relação preço/qualidade, a liderança no desenvolvimento de produto e o dinamismo e upgrade constante das marcas, produtos e organização.
O “mito global” é a percepção que o consumidor tem dessas marcas enquanto símbolos de ideais culturais que corporizam uma identidade global facilitadora da ligação/comunicação entre as pessoas.
A Responsabilidade Social vai, como sabemos, da sustentabilidade, ao ambiente e condições dos trabalhadores, passando pelo apoio a causas sociais. Os consumidores esperam que estas grandes marcas e empresas tenham um papel activo, positivo e visível nestas matérias.
É certo que quando pretendemos implementar uma marca, começamos pela distribuição e notoriedade, mas com a Web 2.0 e a actuação dos colaboradores no mercado, as marcas, quando presentes, estão logo sujeitas a juízo de valor.
Será que quem já exporta, ou pensa exportar, tem em consideração a óptica de construção de marca de longo prazo? Em minha opinião acho que as empresas e marcas portuguesas ainda muito podem fazer para melhorar estas três dimensões associadas às marcas globais.
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