Em Portugal, a silly season da política não dura um mês.
Dura anos e desde 25 de Abril 74 que a gramamos.
São assustadoras a estonteantes as campanhas de outdoors virais & anedóticos que pulverizam e agridem brutalmente a já frágil paisagem nacional.
Urbana e não urbana. Já nem se desmontam. Bastou colar por cima do das europeias o das legislativas, que depois será vítima do novo cartaz das autárquicas…lindo!
É o desespero da tentativa vota em mim.
Eu fiz, eu faço, eu vou fazer… Ou nós fizemos, ou estamos a fazer, ou vamos fazer.
É incrível o à vontade com que os políticos conjugam este verbo…e outros. E é por estas e por outras que a Imagem dos políticos é o que é.
Aliás, de exemplos de blá blá blá está o mundo cheio.
Quem realmente FAZ é que faz a diferença. E isso, são muito poucos.
A classe politica não é doer. É talker. “Eles falam, falam e não dizem nada”.
Verdade seja dita, o problema não é só cá. E a política não foge à regra. Também ela terá que ser reinventada.
Na vida, sou um adepto da simplicidade, da objectividade.
Sou um adepto da folha A4.
No Marketing, na Comunicação, no nosso dia-a-dia, na relação com os outros.
Por isso aderi ao P.S.R. há muito tempo.
É tão simples.
Quer dizer PROBLEMA, SOLUÇÃO e RESULTADO.
O primeiro dá uma trabalheira a definir. É o diagnóstico.
O segundo é se calhar o mais difícil e o que dá mais gozo. É ter a coragem de resolver. É aplicar o remédio.
O terceiro é ter a frieza de avaliar.
E se não funcionou, voltar ao princípio.
Se as empresas deste País, e particularmente os seus leaders, aplicassem esta fórmula, talvez o abismo não estivesse tão perto.
E se o Marketing & Comunicação, aderisse ao A4 (para alguns, poderia ser frente e verso), certamente teríamos muito mais MARCAS com M grande!
E se calhar muito melhor propaganda política…
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