22 de junho de 2009

Opiniões que Marcam

Sou um apaixonado desta cidade. Um apaixonado do país, ainda que não tenha a capacidade de aprender a falar português como queria. Ou como deveria.  Fico contente por saber que trabalho numa cidade que tem uma vida única e que promete crescer cada vez mais. No entanto, uma das coisas que mais me chama a atenção é quando digo aos portugueses o quão bonito é o seu país, e eles não acreditam. Sinto que com a publicidade se passa o mesmo.


 


Temos muita gente a fazer bom trabalho aqui. Muitas boas ideias vindas de diferentes agências e Cannes deveria ser um lugar onde todas estas ideias se juntam e nos fazem crescer como país. Como potência criativa. Portugal tem tudo para ser um grande hub criativo. Acredito fervorosamente nisso e sei que não sou o único que pensa assim.  O que necessitamos é que se convençam cada vez mais e mais.
 
Seria genial se nos propuséssemos, enquanto mercado, a fazer o crescer o país. Não para que uma ou outra agência seja a agência portuguesa mais premiada. Mas para que todo o pais ganhe muitos leões e que isso nos permita sermos nós próprios, os do país pequenino mas que criam conteúdos para grandes marcas. Os que exportam criatividade, como o fazem tantos outros países. Esta é a visão com que devemos ir a Cannes, ou pelo menos, a visão que eu sonho que todos levemos para lá. E não digo isto para tentar comprar o povo português, não, meus queridos, digo isto, porque, se vou ficar a morar por cá, quero ficar a trabalhar num mercado interessante. Num mercado a sério.
 
Este, sem dúvidas, é um ano que vai ficar na história para muitos. Um ano onde as grandes ideias, como disse Bob Garfield, não vêm da publicidade tradicional. Um ano onde as agências não vão dar as festas que dão todos os anos. Um ano onde vamos ter a nossa Tuga Beach. Um ano em que os jurados estão a twittar os resultados segundo a segundo. Claramente, uma nova forma de ver o festival.


E sobre este ano em particular, não quero pensar se vamos ganhar ou não leões. Não quero fazer prognósticos, nem dar uma de guru. Só quero duas coisas. Aprender a falar melhor português e que, na próxima vez que diga  aos meus colegas portugueses o quão bons que somos, que não me perguntem: “A sério? Achas?”

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