21 de junho de 2009

Opiniões que Marcam


A edição de 2009 dos Cannes Lions já está aí, enchendo páginas de jornais e de sites informativos da indústria de Comunicação, mesmo antes de começar.


 


Em anos de crescimento forte da publicidade e dos Media, em anos com forte abrandamento do crescimento, e mesmo em anos de crise – mais ou menos profunda – Cannes continua a ser um evento incontornável, o Evento mundial na área de Comunicação.


 


Claro que o seu core business (porque se trata também de um negócio, e altamente rentável) continua a ser centrado na atribuição dos seus galardões, os tão ambicionados Leões. Estes, primeiros centrados nos diversos tipos de peças criativas desenvolvidas para campanhas publicitárias – filmes, imprensa, outdoor, rádio – passaram há já alguns a abranger outras disciplinas, que também constituem core business de outras empresas que actuam na área da comunicação: marketing directo, media, ciber, promoções, design e relações públicas.


 


Rapidamente se passou de uma actividade focada apenas nos seniores, para se tentar incentivar os jovens talentos: nasceram assim a Academia Roger Hatchuel, os Master Class, e depois a competição de Young Creative, com uma competição de duplas representativas de cada um dos países, escolhidas localmente, primeiro centrados em imprensa, mas agora alargadas às áreas de filmes, media e ciber.


 


Mas hoje, o Festival é muito mais do que isso. Primeiro os seminários (45 minutos) sobre temas considerados os mais importantes em cada momento, e depois o aparecimento de workshops (de duração variável), com um pequeno painel de oradores, sobre diferentes temas.


 


Neste longo processo, o mérito do seu anterior Director, Roger Hatchuel, e principalmente dos actuais Presidente e Director-Geral Terry Savage e Philip Thomas (e localmente da representante do Festival em Portugal, Ana Paula Costa) foi tão importante para o desenvolvimento do evento, como o crescente número de profissionais e companhias que se têm envolvido no Cannes Lions Festival.


 


No fundo hoje o Festival deixou apenas de ser o mundo dos “criativos” para passar a ser um mundo de profissionais, e de companhias que operam nesta área. O mundo real, das Marcas, das Agências e dos Media, onde o rigor, a capacidade de criar diferenciação positiva, exige uma crescente inovação e profissionalismo.


 


Cannes é assim, não um Festival com prémios, mas o espelho da nossa indústria. E nesse espelho vemo-nos e somos vistos como somos, não como pensamos que somos! E Portugal, nesse processo e concorrência mundial, tem tido bons resultados ao longo dos anos. Como as nossas companhias. Temos por isso de continuar de uma forma perseverante, com o rigor, a inovação e a capacidade de realização que nos caracteriza.


 

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