Foi exactamente por aí que começámos. Nesta nossa passagem pelo concelho de Ourém, para mais uma Imagens de Marca Regiões, começámos por acompanhar vários grupos de peregrinos que, há vários dias, caminhavam em direcção a Fátima para marcar presença nas celebrações religiosas do dia 13 de Maio.
Quanto a mim, a face mais genuína de um concelho que cresceu e se tem vindo a afirmar pela fé dos seus visitantes. Entre as dezenas de pessoas com quem fomos falando, a missão era comum; ir ao encontro de Nossa Senhora. Um dos símbolos maiores da igreja católica, cuja imagem se encontra naquele que é, hoje em dia, o quarto santuário mariano mais visitado do mundo; o Santuário de Fátima.
Anualmente, entre nacionais e estrangeiros, cerca de 6 milhões de pessoas visitam Fátima, colocando a cidade no mapa dos principais destinos religiosos do mundo.
Antes do fenómeno das aparições de 1917, Fátima não passava de uma pequena aldeia rural. Mais de 90 anos depois, a forte afluência de peregrinos e turistas, tornou-se numa oportunidade de negócio para as entidades públicas e privadas. Com o sector da construção como principal fonte de riqueza para o concelho, a cidade oferece um diversificado parque hoteleiro, várias unidades de restauração e dezenas de lojas de artigos religiosos, a maioria dos quais fabricados por empresas que abriram as portas após 1917. Algumas dessas empresas levam o nome de Fátima além fronteira, através das exportações.
A cerca de 15 quilómetros de Fátima, na sede de concelho, em Ourém , descobrimos o castelo medieval, um dos principais cartões de visita de uma cidade que tem na história a sua singularidade. Eventos como a recriação da Via-Sacra e a Feira Medieval atraem também milhares de pessoas à cidade que teima em fazer do seu vinho medieval um dos principais embaixadores no mercado vitivinícola. Mas não só do passado vive Ourém, apostada em potenciar o enquadramento geográfico, quer afirmar-se como um concelho onde o turismo histórico, religioso e natural têm espaço para coabitar.
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