As marcas enfrentam hoje, uma realidade caracterizada pela redução dos actos de consumo e, por consequência, uma maior expectativa quanto à durabilidade dos bens actualmente em uso. Este facto vem evidenciar a importância das características tangíveis do produto na transmissão e percepção de valores como qualidade, a durabilidade e a consistência.
A actual conjuntura caracteriza-se por uma tomada de consciência colectiva e individual indutora de comportamentos de consumo muito mais reflectidos, ponderados e racionais, por oposição a actos mais emocionais.
Não querendo tomar o lugar da psicologia nem ser tomado por simplificador da complexidade humana e, sabendo que emoção e razão andam sempre juntas mas sofrem, função da conjuntura, gradações diferentes; diria, no entanto, que os comportamentos de compra mais reflectidos estão associados às características dos produtos e valores tangíveis das marcas e, os comportamentos mais emocionais associados a valores normalmente intangíveis e acrescentados por via do mix de comunicação.
Assim os consumidores esperam hoje das marcas, uma comunicação suportada em mensagens realistas. É tempo de alavancar as características e benefícios do produto bem como os contributos reais efectuados pelas marcas e/ou organizações à Sociedade.
Julgo que este comportamento de consumo fundado em racionais menos efémeros e mais em valores seguros e duradouros se virá a revelar uma nova tendência, reforçando a relevância do investimento em investigação e desenvolvimento, pois este é a base para a obtenção de produtos com mais benefícios e um contributo ecológico e social maior.
Seria bom que o marketing político também tomasse consciência desta realidade e procurasse actuação e comunicação fundada na realidade tangível que consegue produzir e no real valor que a classe pode e deve acrescentar à Sociedade. AB
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